O antigo praticante Maninho Cabral afirmou nesta quarta-feira, no Namibe, que a ausência de Angola nos quartos de final pode não ser considerada um fracasso por entender ter sido elevado demais a fasquia quanto aos objetivos neste mundial de hóquei em patins que decorre no país.

Em entrevista à Angop, em que abordou a participação nacional na primeira fase da competição, onde foi terceira classificada do grupo C com sede em Luanda, atrás de Portugal e Chile, defendeu que se devia estabelecer como primeiro objetivo a melhoria do 11º lugar obtido em San Juan (Argentina) em 2011, em função da realidade da modalidade no país.

Para o antigo integrante da seleção nacional, teria sido mais realista defender a classificação anterior, além de que evitaria a pressão psicológica, para uma prova em que Angola não tinha quase possibilidades de alcançar o pódio, além do facto das suas concorrentes diretas nas posições inferiores serem detentoras de grande domínio técnico e elevada experiência.

«O ideal seria definir a melhoria da classificação anterior para evitar a pressão psicológica e depois disputar posições jogo a jogo», disse o presidente da Associação de Patinagem de Luanda, reiterando que se elevou em demasia os objectivos do combinado nacional neste mundial.

Maninho Cabral, que terminou a carreira desportiva em 1996 no GD da Banca, depois de passagens pelo CDUA, Dínamos, Petro Atlético e Enama de Viana (hoje Juventude de Viana), afirmou que independentemente dos resultados a participação de Angola nunca se poderá considerar fracasso pelos ganhos em infraestruturas, e fundamentalmente na perspectiva da massificação.

Quanto à disputa das classificativas, disse esperar que Angola consiga a melhor classificação possível, mas alerta para cuidados já que defrontará seleções como Alemanha, Suíça, Colômbia e EUA, além do Uruguai, Áustria e África do Sul.

A seleção angolana chega hoje ao Namibe, palco das classificativas do 9º-16º. Quinta-feira defronta às 18h30 a Colômbia, no pavilhão Welwitschia Mirabilis.