O Brasil recuperou no marcador e não deixou Moçambique levar a melhor, num encontro em que os jovens do Índico começaram a ganhar. Num jogo de apuramento do quinto ao oitavo lugar do Mundial de Hóquei em Patins, o Brasil venceu Moçambique por 7-5.

Não foi tarefa fácil para nenhuma das duas equipas em campo, com o Brasil a conseguir garantir a vantagem já nos últimos minutos do jogo e Moçambique sempre a pressionar para tentar chegar a vitória.

Mas para ambas as equipas os protagonistas do jogo foram os árbitros, especialmente Patrícia Costa, muito contestada por José Carlos Querido, técnico de Moçambique

A árbitra «beneficiou grandemente a equipa brasileira», disse Querido, apelando ainda à Federação que «tenha atenção à qualidade das equipas de arbitragem que apitam no Mundial».

«Se estão aqui as oito melhores equipas do mundo, também devem estar aqui os oito melhores árbitros», acrescentando que já no jogo anterior com Portugal sentiu «a má arbitragem» a prejudicar a sua equipa.

Querido referia-se à expulsão do seu guarda-redes principal, que «não sendo o principal motivo da derrota, influenciou bastante», o desenrolar do encontro.

Didi, capitão brasileiro, também apontou a arbitragem como o ponto negativo deste encontro: «Não quero falar muito sobre isso. Levei o cartão azul e só disse que devia haver igualdade nas decisões. Não houve», sublinhou.

Para o hoquista brasileiro, o «segredo da seleção (para chegar até aqui) tem sido a humildade e união entre todos», lembrando que a equipa é muito jovem e apenas mais dois jogadores, além dele, são mais experientes e acabam por ser mais «sacrificados, jogando mais tempo» e fisicamente o corpo já acusa, «prejudicando a performance depois de jogos com grande intensidade como com Espanha e Argentina» justificou.

Ainda sobre o jogo com Moçambique, Didi afirmou estarem muito cansados, mas foi essencial «aproveitar os erros que eles (Moçambique) cometeram».

Brasil e Moçambique aguardam pelo resultado do jogo entre França e Itália e se para o Brasil o resultado é indiferente porque vão jogar «de igual para igual», para Spiros Esculudes, de Moçambique, seria melhor encontrar a Itália, com quem já jogaram antes, pois já conhecem a equipa.

Para a equipa brasileira quem vai chegar à final serão Portugal e Espanha.

«Apesar de a Argentina estar a imprimir um jogo muito bom, Portugal tem tido uma prestação muito boa e com certeza chegará à final com Espanha», vaticinou Didi.