O protocolo, que terá a duração de seis meses e renovável por igual período, foi assinado na cidade da Praia entre os presidentes da União de Exportadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (UE-CPLP), Mário Costa, e da FCF, Vítor Osório.

O protocolo visa, entre outras iniciativas, a formação de jogadores, treinadores, árbitros, equipas médicas e dirigentes desportivos cabo-verdianos, transmissão televisiva, gerenciamento de jogadores, apostas, publicidade estática.

Também vai abranger a organização do campeonato cabo-verdiano de futebol, construção de infraestruturas, capacitação de jornalistas desportivos, intercâmbio entre as federações e ligas da comunidade lusófona e captação de receitas para o futebol cabo-verdiano.

Segundo Mário Costa, que é também presidente da Assembleia Geral da Liga Profissional de Futebol de Portugal (LPFP), a primeira ação concreta do protocolo vai acontecer no próximo mês de novembro, altura em que um grupo de agentes desportivos portugueses deslocar-se-á a Cabo Verde para participar numa feira empresarial no país.

Nessa altura, prosseguiu Mário Costa, agentes desportivos ligados ao agenciamento de jogadores e dirigentes, vão dar formação a jornalistas desportivos, treinadores, dirigentes, tudo para ajudar os clubes cabo-verdianos a potenciar o negócio do futebol, uma das indústrias mais importantes e mais rentáveis do mundo.

"Este é um protocolo bastante abrangente, que vai desde à área da formação à área pura a dura do negócio, que começa no acompanhamento dos jovens nas escolas, nos clubes e depois quando são exportados e internacionalizados", indicou o dirigente desportivo e empresarial.

"E quem ganha com tudo isto é a própria seleção cabo-verdiana, porque se tivermos jogadores com boa formação e bem acompanhados, de certeza absoluta que o país também será bem representado e terá uma boa performance", referiu o presidente da UE-CPLP, uma agremiação de empresários de diferentes áreas de negócios, inclusive a do futebol.

Mário Costa referiu que a União de Exportadores tem projetos pioneiros em todos os restantes países da CPLP, estando agora a lançar as bases para ligar o futebol cabo-verdiano a todos os "agentes de referência" a nível mundial.

Por sua vez, o presidente da FCF, Vítor Osório, disse que se trata de um "protocolo de capital importância" para o futebol cabo-verdiano, porque é direcionado aos clubes, uma área em que a entidade máxima do futebol do arquipélago tem feito uma grande aposta.

"No fundo é entrar no grupo onde estão grandes investidores que nos irá permitir ter acesso ao mercado de empresários, de formação e de pessoas com conhecimento que nos permitirá capitalizar e alavancar os clubes cabo-verdianos", sustentou o dirigente federativo.

Segundo Vítor Osório, a FCF quer atrair para Cabo Verde investidores e parceiros que ajudem os clubes, sendo que uma das áreas do protocolo será o melhoramento dos regulamentos para proteger os jogadores cabo-verdianos, quando são contratados por clubes estrangeiros.

"Este é um projeto de parceria bastante alargado e que poderá ajudar a alavancar o desenvolvimento do futebol dentro do clube", completou o presidente da FCF, indicando que as partes vão agora definir um cronograma de implementação do projeto, que irá dar início por altura da feira internacional em Cabo Verde, em novembro próximo.