A natação portuguesa acredita poder fazer história no Rio2016 com a ida a uma final dos Jogos Olímpicos, algo que apenas aconteceu com Alexandre Yokoshi, com o sétimo lugar nos 200 metros bruços em Los Angeles1984.

«Queremos ter atletas nas meias-finais, mas estou expectante e crente de que com estas mudanças estruturais na natação portuguesa - e as melhorias funcionais que daí decorrem - podemos ter atletas na final dos JO de 2016», assume António José Silva, presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN).

Em declarações à agência Lusa, o líder da FPN sublinha que o grande objetivo do seu mandato é «diminuir o fosso da natação portuguesa quando comparada com a elite internacional, em dados objetivos e quantitativos».

O dirigente diz que esse objetivo integra o projeto que visa «ter nadadores nas `meias' e nas finais de campeonatos do Mundo, bem como nas finais e eventualmente pódios dos Europeus», como recentemente fez Diogo Carvalho em Herding, Dinamarca, em piscina curta.

António José Silva conta que a natação está a apostar na internacionalização dos seus melhores atletas e a criar condições para a «mudança de mentalidades», pelo que espera, no futuro, bons resultados «em cascata».
Diogo Carvalho segue em janeiro para os Estados Unidos, onde já estão Carlos Almeida e Pedro Oliveira, enquanto Aléxis Santos evolui em Barcelona.

«A estratégia é pô-los a treinar e evoluir com os melhores, com a elite Mundial, pois sabemos das suas potencialidades e acreditamos que vamos ter resultados», assume.

Paralelamente, o presidente da FPN revelou que nos Europeus de piscina curta de dezembro a seleção contou com o apoio de um especialista em técnicas de recuperação e um outro em avaliação biomecânica.

«Aos poucos, vamos introduzir soluções e procedimentos que julgamos serem o melhor para potenciar o melhor resultado desportivo da natação portuguesa», conclui.