A venda ao público dos bilhetes para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016 vai começar a 31 de março, revelou o Comité Rio 2016 na segunda-feira.

Com a divulgação do calendário de competições, será possível submeter os pedidos para participação no primeiro sorteio, segundo anunciou ainda aquele comité. No total, serão vendidos 7,5 milhões de ingressos para 42 desportos olímpicos.

Com mais de 700 opções de eventos desportivos, cada pessoa poderá solicitar ingressos para até 20 competições diferentes. Para escolher, bastará selecionar desporto, local, data e horário, além da quantidade de ingressos.

Nas competições de maior procura - como as finais do futebol masculino ou do voleibol –, o limite é de quatro ingressos por pedido. Nas demais, seis.

"Este é o melhor momento para os espetadores adquirirem os seus ingressos, quando temos maior disponibilidade de entradas. Daremos chances iguais a todos os que enviarem os seus pedidos", disse Donovan Ferreti, diretor de Ingressos do Comitê Rio 2016.

Faltando 500 dias para o início dos Jogos, governo e iniciativa privada correm contra o tempo para finalizar as obras prometidas.

Em janeiro, três locais de competição ainda não tinham orçamento nem cronograma de obras previstos, de acordo com um balanço divulgado naquele mês pela Autoridade Pública Olímpíca (APO).

Num deles, o Estádio de Remo da Lagoa, as obras começaram na semana passada. Mas ainda não há definição sobre as adequações do parque aquático Julio Delamare nem os `courts´ de aquecimento do Maracanãzinho.

Na semana passada, o consórcio privado que ergue a Aldeia Olímpica anunciou a conclusão de 75% das obras. O empreendimento deverá ser entregue 15 dias antes do início dos Jogos.

O clima olímpico, porém, ainda não contagiou os `cariocas´, que enfrentam aumentos nos preços das passagens de transporte público e uma greve dos trabalhadores da limpeza urbana, que já dura mais de 15 dias.

"Há um sentimento de descrença no ar. E não é por causa do lixo. A população está vendo a cidade encarecer muito, mas sem melhorias efetivas nos serviços públicos e nas nossas condições de vida. A Olimpíada, como a Copa [Campeonato do Mundo de futebol], é para os ricos", afirma Mario Campagnani, ativista do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, que fiscaliza a ação dos megaeventos.