O governo brasileiro anunciou hoje que manterá os planos contra o terrorismo que desenvolveu para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, apesar dos atentados de Paris, que elevaram os níveis de alerta mundial.

“Independentemente do que ocorreu em Paris, seguimos com o previsto, se bem que é importante estarmos mais atentos”, afirmou, em conferência de imprensa, o secretário extraordinário da Segurança e Grandes Eventos do Ministério da Justiça do Brasil, Andrei Rodrigues.

O responsável assegurou que o governo está preocupado com o terrorismo desde muito antes dos atentados de Paris, em declarações no âmbito de um seminário internacional, que decorre no Rio de Janeiro, com 470 representantes de 78 países, sobre as medidas de segurança desenhadas para os Jogos Olímpicos.

“Não há alterações, já que os nossos planos preveem as melhores práticas para prevenir e combater o terrorismo, embora estejamos atentos e vigilantes, o que melhora os níveis de precaução”, afirmou Andrei Rodrigues.

O governante explicou que a cooperação internacional será essencial para prevenir atos terroristas e que o Centro Integrado de Cooperação Policial funcionará nos Jogos Olímpicos tal como funcionou durante o Mundial de Futebol de 2014, e que permitiu que forças policiais de 40 países trocassem informação relevante.

Será também criado um Centro Integrado Antiterrorista, de forma a melhorar a colaboração entre organismos responsáveis de todos os países com as autoridades brasileiras: “Será a primeira vez que uns Jogos Olímpicos terão um espaço para que polícia, serviços secretos e de informação podem colaborar no combate ao terrorismo”.