O velejador João Rodrigues disse hoje ser um privilégio e uma grande honra ser porta-estandarte de Portugal nos Jogos Olímpicos Rio2016, lembrando a oportunidade de poder competir num país do mesmo idioma.

"Acho que é uma responsabilidade diferente. Acima de tudo um privilégio, uma honra enorme e acho que estes Jogos Olímpicos revestem-se de um simbolismo extraordinário. Não só porque é no Brasil, mas pela primeira vez que se realizam os Jogos num país que fala a nossa língua, até o facto de levarmos a bandeira no Navio-Escola Sagres à vela, a modalidade que eu escolhi desde infância", disse o velejador, de 44 anos, na cerimónia de partida do Navio-Escola Sagres rumo ao Rio de Janeiro.

João Rodrigues, que fará a sua sétima aparição consecutiva nos Jogos Olímpicos, frisou que o momento é "realmente muito especial e será a forma mais bonita de terminar a carreira olímpica".

Questionado sobre os problemas de organização das provas no Rio de Janeiro, o porta-estandarte português reconheceu as dificuldades que irá enfrentar, nomeadamente das condições da água, ressalvando que têm e devem ser contornados.

"Os verdadeiros problemas do Brasil vão surgir depois do Jogos quando a conta chegar. Nós tentamos abstrair de tudo o resto e treinámos durante quatro anos. Em termos de logística são Jogos complicados para vela porque ficamos longe da baía. A qualidade da água não é a mais indicada, mas são esses elementos que temos que contar e são problemas que vamos ter que ultrapassar", concluiu.