A França desmentiu a existência de um projeto de alegado atentado contra atletas franceses durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que seria levado a cabo por um brasileiro com ligação aogrupo radical Estado Islâmico, afirmou na terça-feira o governo brasileiro.

“O governo francês disse ao Brasil que a informação segundo a qual um brasileiro alegadamente ligado ao Estado Islâmico estaria a planear um atentado contra a delegação francesa durante os Jogos Olímpicos 2016 no Rio é falsa”, declarou a presidência brasileira em comunicado.

Os planos do alegado atentado foram revelados pelo general Christophe Gomart, chefe da direção de inteligência militar (DRM) em maio, junto de uma comissão parlamentar que investiga os ataques do último ano em Paris, dos quais resultaram 147 mortos.

No relatório Gomart, conhecido na semana passada, disse junto da comissão ter sido informado da situação – que foi planeada por um cidadão brasileiro – pelos parceiros de cooperação, sem que mais nenhum detalhe fosse dado pelas autoridades francesas.

Entretanto, o gabinete de segurança brasileiro, responsável pelos serviços de informação no país, disse à agência AFP não ter recebido qualquer informação da parte dos franceses.

"A análise das pesquisas realizadas levou à conclusão de que a informação é falsa, razão pela qual o Diretor de Inteligência Militar de França não a transmitiuao Ministério da Defesa brasileiro naquela ocasião", refere a nota recebida na terça-feira pelo presidente da República em exercício, Michel Temer, segundo o portal de notícias brasileiro G1.

No início de julho o ministro da Justiça do Brasil, Alexandre Moraes, salientou que um ataque terrorista no Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos era uma “possibilidade”, mas “não uma probabilidade”.

Para os Jogos estão previstos 85.000 agentes de segurança, dos quais 47.000 polícias e 38.000 militares, de modo a assegurarem a segurança de 10.500 atletas, bem como de oficiais, jornalistas e turistas, na competição que decorrerá de 05 a 21 de agosto.