O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, mostrou-se hoje apreensivo em relação às condições das instalações atribuídas à delegação lusa, afirmando que "para já, os problemas estão resolvidos".

O responsável, que falava à margem da inauguração do novo tapete de judo nas instalações do Estádio Universitário de Lisboa, diz estar tudo a correr "assim, assim" e esperar que os problemas estejam resolvidos por inteiro.

"As primeiras pessoas da nossa delegação que chegaram à Aldeia Olímpica encontraram alguns problemas por resolver. Resolveram-nos. Os primeiros atletas que chegaram tinham esses problemas resolvidos. A nossa preocupação é saber se as soluções encontradas são estáveis, são duradouras. Mas essa resposta só a iremos ter quando estiver toda a delegação instalada", afirmou.

José Manuel Constantino não acredita que a delegação portuguesa venha a abandonar a Aldeia Olímpica, à semelhança do que já aconteceu com outras delegações.

"As notícias que têm vindo do Brasil não são animadoras. Não são sinais que nos deem conforto e segurança. Para já, com a delegação portuguesa as situações estão resolvidas. Vamos ver se é definitiva ou passageira. Não acreditamos que isso venha a acontecer (sair da Aldeia Olímpica). O nosso edifício foi dos primeiros a ser construído, não estamos a passar pelos problemas com a gravidade que outras delegações estão a passar", disse.

Apesar desta instabilidade inicial, José Manuel Constantino tem toda a confiança no desempenho dos atletas durantes os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, esperando, por isso, que estes se concentrem exclusivamente na competição.

"Pedimos aos atletas que se concentrassem nas suas condições de preparação, naquilo que os leva até ao Rio de Janeiro e que deixassem os problemas de natureza organizativa e logística para os dirigentes. Tem havido algum 'feedback' das condições de treino. Os atletas que já lá estão (vela) têm de trabalhar muito para montar as condições que esperavam que as autoridades brasileiras montassem", concluiu.