A Amnistia Internacional realizou hoje um protesto com 40 sacos fúnebres em frente ao Comité Organizador dos Jogos Olímpicos Rio2016, para lembrar as pessoas mortas em ações policiais em maio.

"Em anos de megaeventos desportivos, há um aumento expressivo do número de pessoas mortas pela Polícia Militar do Rio", alertou a investigadora da Amnistia Internacional para a segurança pública, Renata Neder.

A ativista deu os exemplos da violência registada em 2007, quando a cidade acolheu os Jogos Pan-Americanos, e em 2014, ano do Campeonato do Mundo de futebol.

"Em 2014, o número foi 40% maior em relação a 2013. E agora, com a aproximação dos Jogos Olímpicos, vemos essa tendência aumentar", alertou.

De janeiro a maio deste ano, foram assassinadas por agentes públicos de segurança na cidade 151 pessoas, 40 das quais em maio, o que representa um aumento de 135% em relação ao mesmo mês de 2015.

A organização de defesa de direitos humanos alertou para a tática de "atirar primeiro e perguntar depois", associada ao abuso da força e à impunidade.

A Amnistia protocolou hoje no Comité uma petição, com 120 mil assinaturas de pessoas de 15 países, pedindo à Rio2016 que previna o uso desnecessário da força policial, evite violações de direitos e investigue denúncias de abusos.

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