A Federação Internacional de Halterofilismo (FIH) anunciou hoje a exclusão da equipa russa, composta por oito atletas, dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, de 05 a 21 de agosto.

“A integridade do halterofilismo foi múltiplas vezes lesada de forma séria pelos russos, pelo que se impunha uma sanção apropriada para preservar o estatuto do desporto”, indicou em comunicado a FIH.

Os oito atletas em causa são Oleg Chen, Adam Maligov, Ruslan Albegov, David Bedzhnyan e Artem Okulov, entre os homens, e Tatiana Kashirina, Tima Turieva e Anastasia Romanova, nas mulheres.

De acordo com um relatório independente da Agência Mundial Antidopagem (AMA) divulgado na semana passada, o Governo russo dirigiu um programa de dopagem no desporto com apoio estatal, com participação ativa do ministro dos Desportos e dos serviços secretos.

O relatório do professor canadiano Richard McLaren refere que o programa “à prova de falhas” foi colocado em prática pelos responsáveis russos, inclusivamente durante os Jogos Olímpicos de Inverno Sochi2014.

De acordo com o documento, o ministro dos desportos da Rússia, Vitaly Mutko, teve “participação ativa” neste sistema, que teve a assistência dos serviços secretos nos laboratórios antidopagem de Moscovo e Sochi.

No domingo, o Comité Olímpico Internacional (COI) entregou às federações de modalidades a decisão de aceitar ou excluir atletas russos nas competições dos Jogos Olímpicos Rio2016.

O comité executivo do COI estabeleceu uma série de pressupostos que os atletas devem cumprir para poderem ser elegíveis pelas federações de modalidade, dos quais se destaca a necessidade de não terem tido qualquer resultado positivo por doping ao longo da carreira.

Os atletas russos que forem admitidos pelas federações e posteriormente aceites pelo COI devem submeter-se a um rigoroso controlo antidoping realizado pela Agência Mundial Antidopagem, e supervisionado pelas federações internacionais.

Os atletas têm também, segundo o COI, de ter efetuado recentemente testes sob a égide de organismos internacionais devidamente acreditados.