A velejadora portuguesa Sara Carmo sente-se preparada para enfrentar a classe de Laser Radial dos Jogos Olímpicos Rio2016 e melhorar a prestação de há quatro anos, em Londres.
“O objetivo é fácil, é claramente melhorar a prestação que tive em Londres2012. Estou claramente mais experiente, o país também é mais familiar, fala a mesma língua e tem os costumes como nós. Espero que sejam tudo fatores que beneficiem e que o resultado seja melhor”, disse Sara Carmo.
Após a Cerimónia do Hastear da Bandeira de Portugal, na zona internacional da Aldeia Olímpica, a velejadora de 29 anos, que foi 28.ª em Londres, não avançou qualquer número: “Tentamos sempre pôr os objetivos altos, mas, em termos de resultados, não posso dizer para já um resultado específico”.
“Vou dar o máximo de regata a regata. Vai haver regatas vento forte e vento fraco, outras com muitas ondas e menos vento, mas temos de estar preparados para tudo”, explicou Sara Carmo, que cumpre a sua segunda participação nos Jogos.
Em Londres, “era tudo novidade”, até o “ambiente da Aldeia Olímpica”, mas, quatro anos volvidos, muitas coisas mudaram: “Tenho outra idade, também mais treino. E acabo por me identificar um bocadinho mais com este clima, com estas condições, porque em Londres apanhámos ventos muito fortes”.
“Aqui os ventos podem ser mais variados, o que para mim é um fator de vantagem. E o Rio de Janeiro acaba por dar outro espírito, porque é um país de língua portuguesa, e acabo por me sentir mais em casa”, prosseguiu a velejadores do Clube Naval de Cascais.
Sara Carmo lembrou também que fez “mais regatas e em outras classes”, num percurso que “não foi linear”, o que a beneficia: “Velejei num barco duplo, onde aprendi muito. Aprendemos sempre bastante quando trabalhamos em equipa e, ao passar para um barco individual, como é o Laser Radial, tirei vantagem”.
Os últimos resultados também deixam a velejadora com “alguma confiança e bastante focada na tarefa, em cada regata”.
“Na vela, tenho aprendido que se ganha regata em regata. Temos de aproveitar as oportunidades de minuto a minuto”, frisou.
Quanto às condições na água, estão longe de ser as melhores: “Não estão como nós gostaríamos. Gostaríamos de uma baía limpa e sem sacos de plástico a flutuar, mas, infelizmente, isso não acontece”, lamentou.
“A organização está ciente disso e vai tomar medidas extremas nestes dias e limpar a área das regatas. Esperemos que tenhamos condições mínimas para a competição”, explicou Sara Carmo, otimista quando às melhorias das condições.
A finalizar, a velejadora lusa disse, em relação a possível malefícios provocados pela água, que vai tentar não abrir muito a boca, evitando o mais possível “o contacto com a água”.