Milhares de manifestantes estão a protestar hoje, horas antes da cerimónia da abertura dos Jogos Olímpicos 2016, no Rio de Janeiro, contra a realização do evento no país e contra o Presidente interino, Michel Temer.

Empunhando cartazes com a mensagem "Não aos Jogos Olímpicos!", cerca de 3.000 pessoas bloquearam uma avenida junto ao hotel de luxo Copacabana Palace Hotel, onde muitos atletas olímpicos estão hospedados, segundo a agência France Presse.

Os manifestantes protestam contra escândalos políticos que têm abalado o país e contra os milhões gastos na organização do maior evento desportivo do mundo, numa altura em que o Brasil enfrenta uma recessão profunda.

O protesto foi organizado contra o Presidente interino, Michel Temer, que substituiu a Presidente com mandato suspenso, Dilma Rousseff, alvo de um processo de destituição, que os protestos veem como um "golpe", e pela defesa de direitos.

Os manifestantes quiseram aproveitar a presença das delegações olímpicas, turistas e jornalistas internacionais e ainda de dezenas de líderes de todo o mundo no Rio de Janeiro para a cerimónia de abertura dos Jogos, onde Michel Temer intervirá.

A ideia dos manifestantes é levar além-fronteiras a mensagem, divulgada em várias línguas no protesto, de que o processo de afastamento de Dilma Rousseff é um "golpe".

Nos vários contactos entre si, os manifestantes iniciavam, muitas vezes, conversas com a frase "primeiramente, fora, Temer", que tem sido usada em protestos desde que o político assumiu interinamente os destinos do país, a 12 de maio.

Numa faixa que manifestantes carregam lê-se também "não ao retrocesso dos direitos sociais e trabalhistas! Nenhum direito a menos!".

Muitos envergam roupas em tons de vermelho e algumas com camisolas com mensagens políticas variadas, como "Fora Temer, em defesa da educação pública".

"Mantenha acesa a chama do emprego" é outra mensagem transmitida pelos manifestantes, numa alusão à chama olímpica que tem passado todo o país, numa altura em que o desemprego tem subido no país, afetando atualmente 11,3% da população.

Esperam-se mais protestos ao longo deste mês em torno do processo de afastamento de Dilma Rousseff, que deverá ser concluído logo após o fim dos Jogos Olímpicos, que terminam a 21 de agosto.

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