Numa carreira construída com muito suor e sacrifício, Rui Bragança, de 24 anos, é o único atleta português presente na modalidade de taekwondo. O lutador luso viu o seu apuramento olímpico confirmado no final do ano de 2015, já depois de ter atingido o trono no ranking mundial. O título no Campeonato da Europa já em 2016 ou o ouro nos Jogos Europeus de Baku’2015 apontam os holofotes para Rui Bragança, iluminando a esperança de uma possível medalha para Portugal.
Disciplina no tapete… e nos estudos
Por entre as dezenas de competições ao longo dos anos, Rui Bragança conseguiu – à custa de muita disciplina e capacidade de sacrifício – progredir no taekwondo e nos estudos, vingando no curso de Medicina. Está já no sexto ano do curso, dividindo o tempo pelos hospitais e centros de saúde. Um bom aluno na escola e no desporto, onde compete na categoria de -58 quilos.
Para um atleta com 1,80m, o peso obriga-o a uma disciplina exemplar e a um controlo absoluto de todos os pormenores do treino. O médico ‘educa’ o atleta, o atleta ‘ajuda’ o médico. É assim ao longo de toda a sua carreira de sénior, que chega agora ao ponto mais alto, com a estreia nuns Jogos Olímpicos.
Estreia marcada para dia 17
Os sonhos de Rui Bragança nos Jogos Olímpicos têm data marcada e estão agendados somente para a segunda semana de provas no Rio de Janeiro. Será no dia 17 de agosto, na Arena Carioca 3, que o lutador português irá entrar em ação, seguindo as pisadas de Pedro Póvoa, o atleta que em Pequim’2008 deu a Portugal a sua primeira participação olímpica no taekwondo. De resto, importa referir que tudo se decide para Rui Bragança nessa quarta-feira, com a realização dos oitavos de final, ‘quartos’, repescagens e a tão ambicionada final.
Do berço para o tapete, com passagem pela piscina
Traz Bragança no nome, mas foi em Guimarães que nasceu o único representante português no taekwondo. O desporto era algo que já corria nas veias de Rui Bragança, face à forte ligação do seu progenitor, um apaixonado pelo voleibol e pelo BTT. Aos seis anos, o atleta de 24 anos experimentou pela primeira vez o tapete, aventurando-se no Karaté. No entanto, era demasiado cedo.
Surgiu então a natação e a descoberta de uma nova paixão. Rui Bragança cedo evidenciou ter talento na piscina e não tardou a chegar às competições. Porém, a alergia ao cloro que se manifestou poucos anos depois acabou por lhe ‘cortar as asas’. O tapete do taekwondo acabou por se cruzar novamente no caminho. Foi quase um acaso, mas um acaso que lhe construiu uma carreira fulgurante e já recheada de títulos. A mesma que tem agora a sua primeira experiência olímpica… e que poderá ser a última, caso não consiga mais apoios para continuar a aventura. Um brilharete no Rio poderá dar um novo futuro a Rui Bragança.

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