Gastão Elias encontrou hoje uma muralha em Steve Johnson, despedindo-se do torneio olímpico de ténis do Rio2016 na segunda ronda, com uma derrota por 6-3 e 6-4 frente ao norte-americano.

Na véspera, depois de ter sido afastado nos pares, Gastão Elias tinha avisado que o 22.º tenista mundial era o típico jogador de piso rápido e o que hoje se viu no ‘court’ 4 do Centro Olímpico de Ténis corroborou a perceção do português.

O norte-americano revelou-se uma muralha intransponível no serviço, disparando verdadeiros ‘mísseis’, impossíveis de contrariar – foram nove ases, 81 por cento de pontos somados no primeiro serviço e 82 no segundo.

Desconcertado pelas impressionantes estatísticas do adversário, o número dois nacional acusou a pressão ao servir para igualar a quatro no primeiro parcial e acabou por sofrer o ‘break’, que valeu a Johnson a vitória no primeiro ‘set’, por 6-3.

O segundo parcial foi tirado a papel químico do primeiro – o máximo que o tenista luso conseguiu durante todo o encontro foi um 15-30 a seu favor no serviço do 12.º cabeça de série do torneio olímpico de ténis. Com 3-2 no marcador, Elias disparou um “que raiva que isto me está a fazer” perante mais um ‘míssil’ vindo do outro lado da rede.

A frustração do 60.º jogador mundial não mais parou de crescer, já que Johnson resolvia todos os apertos com o primeiro serviço.

Pressionado pelo 4-4 no marcador, o jovem da Lourinhã cedeu finalmente à impotência, começando com uma dupla falta e cometendo dois erros não forçados. Obrigado a salvar dois ‘break-points’ num momento crucial do encontro da segunda ronda, Elias só cumpriu metade da tarefa.

Com o ‘break’ à melhor, o norte-americano despachou-se a completar o triunfo, celebrado depois de uma hora e oito minutos, diante de um desolado ‘Mágico’.

Gastão Elias despede-se da sua estreia de cabeça erguida, depois de se ter tornado no primeiro tenista português de sempre a vencer um jogo de singulares no torneio olímpico de ténis.