O Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou, na quarta-feira, em decisão provisória, soltar o pugilista marroquino Hassan Saada, suspeito de tentar abusar sexualmente de duas empregadas de limpeza na Aldeia Olímpica dos Jogos Rio2016.

A decisão judicial "impõe ao atleta uma série de medidas cautelares diversas da prisão: ele não poderá frequentar a Vila Olímpica nem se aproximar das supostas vítimas ou das testemunhas do caso, não poderá deixar o Rio de Janeiro sem autorização judicial e terá de entregar o passaporte", lê-se na nota divulgada pelo tribunal.

O desportista foi detido a 4 de agosto, dois dias depois de ter ocorrido o suposto crime, quando as vítimas faziam a limpeza no alojamento da delegação marroquina na Aldeia Olímpica.

Ao decretar a prisão temporária, a juíza Larissa Nunes Saly, do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, disse que ele poderia interferir nas investigações e que outras funcionárias da aldeia correriam o mesmo risco de tentativa de abuso sexual.

A juíza entendeu ainda que, sem a detenção, o pugilista poderia deixar o Brasil e frustrar uma eventual aplicação da lei.

Porém, ao analisar o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa, o magistrado Rogerio Schietti Cruz considerou que não houve "indicação de que a sua periculosidade seria tão exacerbada a ponto de não poder ser ilidida ou controlada por outras medidas cautelares idóneas e suficientes à proteção das vítimas e de terceiros".

A prisão provisória é excecional e "só deve ser imposta quando outras medidas se mostrarem inadequadas ou insuficientes", considerou.

Os Jogos Olímpicos 2016, os primeiros da América do Sul, tiveram início na sexta-feira e decorrem até 21 de agosto no Rio de Janeiro.

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