A informação foi dada pelo próprio Comité, acrescentando que “nenhuma detenção foi feita”, mas que a polícia apreendeu "passaportes, bem como telemóveis e portáteis” de vários membros do OCI (sigla em inglês).

O organismo diz ainda que alguns membros do seu Comité foram convocados para se “apresentarem na terça-feira na polícia, para serem ouvidos”.

Em causa está uma investigação a uma rede de venda ilegal de bilhetes no Rio2016 e que levou à detenção de Patrick Hickey, presidente do Comité Olímpico Irlandês e membro do COI, que na sexta-feira para uma prisão do Rio de Janeiro.

A secretaria de administração prisional confirmou na ocasião que o dirigente foi transferido para a prisão de Bangú, nos arredores do Rio de Janeiro, depois de a justiça brasileira ter ordenado a sua detenção na quarta-feira.

Hickey, de 71 anos, foi detido na quarta-feira no hotel onde se encontrava e sentiu-se mal, razão pela qual foi conduzido ao hospital, no qual se manteve, já depois da juíza encarregada do caso ter decretado a prisão preventiva.

O dirigente, que que é também presidente da Associação dos Comités Olímpicos Europeus, renunciou temporariamente a todos os cargos no movimento olímpico, incluindo o do COI e da presidência do Comité Irlandês.

Segundo a investigação, o Comité Olímpico da Irlanda contratou a empresa Pro 10 para vender os bilhetes no Brasil, mas os mesmos foram transferidos para a THG, cujo diretor, Kevin James Mallon, foi detido no início de agosto.

A polícia apreendeu ainda cerca de 1.000 bilhetes e, segundo a polícia, os ingressos eram vendidos a preços cinco vezes acima do valor normal.

O principal negócio incidiu na venda para a cerimónia de abertura, onde chegaram a pedir 8.000 dólares (cerca de 7.000 euros) por bilhete, e de encerramento, que planeavam vender a 15.000 dólares (cerca de 13.000 euros).