A polícia brasileira quer interrogar como testemunha o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, devido à rede de venda ilegal de bilhetes para o Jogos Rio2016, que foi desvendada pelas autoridades locais.

“Queremos ouvir Thomas Bach como testemunha desde que o nome dele foi citado em e-mails e outros documentos a que tivemos acesso”, afirmou o chefe da polícia civil, Ronaldo Oliveira, aos jornalistas locais, no Rio de Janeiro.

Em agosto, Patrick Hickey, membro do COI e presidente do Comité Irlandês, foi detido por suspeita de participar numa rede de venda ilegal de bilhetes para os Jogos Rio2016.

O responsável da empresa THG Sports, que estava licenciada para a revenda de bilhetes nos Jogos Londres2012 e Sochi2014 – e da qual o filho de Hickey era funcionário - foi também detido por venda ilegal.

Na altura, a polícia do Rio de Janeiro confiscou cerca de 1.000 bilhetes, os quais estavam a ser vendidos acima do valor de mercado, nomeadamente para os acontecimentos mais importantes, como a cerimónia de abertura, por 8.000 dólares (cerca de 7.100 euros). Alguns tinham o carimbo do Comité Olímpico da Irlanda.

Thomas Bach assumiu a liderança do COI em setembro de 2013, sucedendo a Jacques Rogge.