No dia em que foi conhecida a ausência por lesão do fundista Rui Silva, o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), Fernando Mota, garantiu que a modalidade «terá uma presença meritória» nos Jogos Olímpicos de Londres2012.

Rui Silva, 34 anos, é a quarta baixa de vulto no atletismo nacional, depois de conhecidas as ausências, também devido a lesões, de Nelson Évora, campeão olímpico do triplo salto, Naide Gomes (salto comprimento) e Francis Obikwelu (100 metros).

Fernando Mota reconheceu que a falta de quatro nomes de peso «em qualquer país seria grave», mas, no caso português, «tem um valor acrescido», embora acredite que «outros atletas podem ter o seu dia».

O diretor técnico nacional, José Barros, referiu ainda que a FPA «está confiante» numa boa presença em Londres, mas «não fala em medalhas», preferindo destacar que este ciclo olímpico fica desde já marcado pela conquista de 56 medalhas, um novo máximo na modalidade.

Um máximo que também foi destacado por Fernando Mota, que, além de elogios aos atletas e técnicos e de recados à tutela devido às inscrições universitárias e aos atrasos no pagamento de duodécimos, sustentou que Londres2012 será um momento de «balanço para novas proezas» do atletismo português.

Um conjunto de declarações proferidas na divulgação oficial da lista dos 22 atletas (nove masculinos e 13 femininos) inscritos, embora os casos de Arnaldo Abrantes (200 metros) e Vânia Silva (martelo) estejam ainda sujeitos a novas «observações».

Susana feitor (quarta melhor marca nos 20 km marcha) e Pedro Isidro (mínimo “b” nos 50 km marcha) ficarão de prevenção, tal como Luís Feiteira (mínimo “b” maratona), mas José Barros quer dissipar as dúvidas nas “próximas semanas”, antes do arranque dos Jogos Olímpicos, a 27 de julho.

O diretor técnico notou que a lista apresenta uma redução entre os atletas da marcha em comparação com Pequim2008 (sete para quatro) e no meio fundo (11 para sete) e nove estreantes na competição.