A judoca cabo-verdiana Adysângela Moniz (+78 quilogramas) é a primeira atleta de Cabo Verde a qualificar-se diretamente para uns Jogos Olímpicos, que se realizam de 27 de julho a 12 de agosto, em Londres.

Após doze anos de "wild cards" (convites de solidariedade olímpica), Cabo Verde participa este ano pela quinta vez nos Jogos Olímpicos, mas a primeira com uma atleta que conseguiu qualificar-se para participar na competição.

O arquipélago iniciou a sua participação nos jogos olímpicos de Atlanta (EUA, 1996), esteve em Sydney, Atenas e Pequim, mas sempre através de "wild cards", convites especiais dirigidos aos comités olímpicos dos países que não conseguiram os mínimos necessários para garantir a vaga nos jogos olímpicos.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Comité Olímpico Cabo-Verdiano (COC), Franklin Palma, indicou que Adysângela Moniz qualificou-se pela quota africana.

Além da judoca Adisângela Moniz, Cabo Verde participa ainda nos Jogos com Rubem Sança, no atletismo (5.000 metros) e Lidiane Lopes, que competirá nos 100 metros feminino, ambos a convite da organização, face às "muitas dificuldades" em preparar atletas para a alta competição, disse Franklim Palma.

«A preparação foi um tanto ou quanto tumultuosa, porque temos ainda algumas lacunas e, infelizmente, não temos conseguido os mínimos para a participação. Quando assim acontece, a participação é possível através de convites especiais dirigidos aos comités olímpicos nacionais que, por sua vez, propõe os atletas», disse.

A falta de infraestruturas desportivas para preparar os atletas, nomeadamente no domínio do atletismo, é uma das lacunas apontadas por Franklin Palma para a fraca prestação dos atletas cabo-verdianos nas competições de qualificação.

«Isso tinha a ver com a própria situação do país. A primeira pista olímpica de atletismo tivemo-la há cerca de três meses e já participamos nos Jogos Olímpicos há 12 anos. Para ter atletas capazes de competir, temos de ter infraestruturas desportivas. Mas acredito que, em 2016, teremos melhores condições de participar«, explicou.

Para já, a aposta do COC é nos atletas cabo-verdianos que vivem atualmente fora do país, mas sem descurar, contudo, os residentes. Para os Jogos Olímpicos deste ano, Franklin Palma disse esperar primeiramente «uma boa prestação» dos atletas.

«Para nós, significa primeiro que os atletas iniciem e terminem as respetivas provas. Claro que espreitamos bons resultados, sobretudo nos 5.000 metros, já que o atleta tem tido uma excelente preparação. Mas são jogos olímpicos com atletas de alto nível que vêm de países com melhores condições», indicou.

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