No dia em que o judo português encerrou a participação nos Jogos Olímpicos Londres2012 com nova derrota no primeiro combate, Telma Monteiro garantiu que foi «derrubada no tapete, mas não na vontade de vencer».
«Nestas alturas é fácil escolher o caminho mais ‘suave’ [uma alusão ao significado da palavra japonesa judo] e deitar a toalha ao chão, mas quanto a mim prefiro escolher o caminho difícil e continuar a sonhar e lutar com a mesma paixão por outros objetivos. Fui derrubada no tapete mas não na vontade de vencer», escreveu Telma Monteiro na sua página na rede social Facebook.
Terceira do “ranking” mundial de -57 kg, quatro vezes campeã da Europa e três vezes vice-campeã do Mundo, Telma Monteiro era justificadamente a mais séria candidata a uma medalha de entre os 77 elementos da missão portuguesa, mas não passou do primeiro combate, tal como Joana Ramos (-52), João Pina (-73) e, hoje, Yahima Ramirez (-78).
«Os resultados não foram os que desejávamos nem aqueles para os quais trabalhámos. Não foi por falta de trabalho que não conseguimos. Foi simplesmente porque alguém foi melhor do que nós. Não é fácil admitirmos isso, mas é a verdade», resumiu a judoca do Benfica.
Telma Monteiro, de 26 anos, considerou que «as críticas são normais» e algo com que se aprende a viver, dizendo que agora é preciso «olhar em frente» e pensar no que se pode fazer de diferente.
«Ninguém está mais triste do que nós. Ganhar é fácil. Saber perder, esse sim, é um desafio difícil, provavelmente o mais difícil de vencer», acrescentou Telma Monteiro, terminando com um agradecimento recebido.