Os Jogos Olímpicos Londres2012 arrancaram no dia 27 de julho e terminam domingo.

A inexistência de ondas dificultou hoje a prova de Arseniy Lavrentyev nos 10 km de natação em águas abertas dos Jogos Olímpicos Londres2012, terminando na 19.ª posição, mas mesmo assim melhorou a prestação de Pequim2008.

No Lago Serpentine, em pleno Hyde Park, Lavrentyev, nascido na Rússia e que fez grande parte da sua vida na Ucrânia até mudar-se para Portugal em 2006, manteve-se no "pelotão" grande parte da corrida, quase sempre com pouco mais de 10 segundos de desvantagem para o líder, mas não aguentou o ritmo imposto a 2.000 metros da meta.

Com 1,90 metros e 93 quilos, o atleta de 29 anos, conhecido mais pela sua resistência do que pela sua velocidade, deixou fugir o grupo da frente e quedou-se pela 19.ª posição, com o tempo de 1:51.37,7 horas, a 1.46 minutos do tunisino Oussama Mellouli, que conquistou o ouro, depois de já ter alcançado a prata nos 1.500 metros em natação pura.

«Foi duríssimo como sempre. Lutei até ao fim, mantive-me no grupo mas perto do fim aceleraram e foi impossível acompanhar. Senti muito a falta das ondas, as ondas quebram o ritmo, parecia uma piscina grande e para mim é muito duro nadar em água lisa», explicou Arseniy Lavrentyev após a prova.

Mesmo sem ondas e com a água com uma temperatura demasiado elevada para o seu gosto, devido a um dia solarengo em Londres, o nadador do Sport Algés e Dafundo obteve uma melhor marca e classificação do que há quatro anos em Pequim, onde terminou no 22.º lugar com o tempo de 2:03.39,6 horas.

«Melhorei o resultado de Pequim por isso fiquei contente. Queria também ter terminado dentro dos 16 primeiros mas não foi possível. Não posso estar chateado, pois melhorei aquilo que fiz nos outros Jogos», considerou o nadador nascido em Chelyabinsk, na Rússia, e que tem o passaporte luso desde 2008.

Com o curso de treinador de natação finalizado nos últimos meses, Lavrentyev abriu as portas a uma participação no Rio de Janeiro2016, com uma "passagem", pelo meio, pelas águas do Canal da Mancha.

«São 34 quilómetros. Vamos ver, talvez daqui a quatro anos», concluiu.