Luís Feiteira terminou em 48.º, com a sua melhor marca da temporada (2:19.40 horas), mas reconhecendo que «as pernas não responderam», enquanto Rui Pedro Silva, que apontava aos 15 primeiros, desistiu depois dos 25 quilómetros.
Na pista artificial de Hadleigh Farm, situada no condado de Essex, a cerca de 60 quilómetros de Londres, David Rosa superou as expetativas, ao terminar bem dentro do “top-35”, a fasquia que ele próprio tinha definido como realista, em função da concorrência de luxo existente entre dos 50 corredores que alinharam à partida.
Perante os melhores do Mundo, o corredor de Fátima, 54.º do "ranking" mundial e último dos 76 portugueses a competir nos Jogos Olímpicos, até podia ter feito melhor, não fosse uma queda num trilho de pedra no terceiro dos 34,08 km de prova, quando seguia em 19.º lugar.
«Desconcentrei-me um pouco ali, mas depois pensei que estava nos Jogos, na maior prova do Mundo e dei tudo até ao fim», contou à agência Lusa o corredor de 25 anos, com ferimentos bem visíveis na sua perna e no braço esquerdo.
Caindo algumas posições, dentro dos primeiros 30, David Rosa recuperou até ao 23.º posto, para terminar e, 1:33.50 horas, a 4.43 minutos do checo Jaroslav Kulhavy, novo campeão olímpico.«Fiz uma grande prova, muito acima das minhas expetativas. Se não tivesse caído tenho a certeza de que ficava no ‘top-20’».
Na maratona, o experiente Luís Feiteira, de 39 anos, admitiu que as pernas «não estiveram à altura do ritmo» e só lhe permitiram chegar ao 48.º, apesar de ter feito o seu melhor tempo da época. «Isto é uma prova muito tática. Uma prova bastante difícil. Quando estamos na melhor forma as coisas nem sempre saem como desejamos», disse o atleta, que ficou longe da marca de qualificação, 2:13.12 horas, na maratona de Amesterdão em 2011.
O outro português que alinhou na maratona, Rui Pedro Silva, acabou por não terminar a prova, abandonando antes dos 30 quilómetros, em dificuldades físicas. Aos 25, o atleta português passou a quase nove minutos da liderança e desistiu mais à frente.
A maratona de Viena deste ano, em que obteve registo promissor 2:12.15 horas na que lhe valeu a presença em Londres, continua a ser a única concluída por Rui Pedro Silva, que juntou o abandono de hoje ao da maratona de Berlim, quatro anos depois da sua estreia olímpica, com o 34.º lugar nos 10.000 metros em Pequim.
O ugandês Stephen Kiprotich conquistou a medalha de ouro, ao concluir a prova com o tempo de 2:08.01 horas, a de prata foi para o queniano Abel Kirui (2:08.27), bicampeão do Mundo, enquanto o seu compatriota Wilson Kipsang (2:09.37) foi medalha de bronze.