O selecionador nacional de Angola, José Manuel, afirmou quinta-feira, à Angop, em Luanda, que a presença de José Sayovo nos jogos Paralímpicos do Rio2016 dependerá da sua força de vontade e da capacidade de seguir uma vida totalmente regrada.

Apesar de reconhecer as capacidades do velocista, que leva já quatro medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze em três participações em jogos Paralímpicos, disse que até 2016 Sayovo terá 44 anos e que seria muito difícil manter-se ao mais alto nível.

«A continuação de Sayovo na elite do atletismo adaptado mundial depende de muitos factores. O primeiro é a sua disposição para ser regrado no treino e na vida pessoal, e o segundo factor está ligado a melhorias no âmbito social, de modo que se possa dedicar inteiramente aos treinos», frisou.

José Manuel, que esteve na origem de todos os feitos da seleção nacional de atletismo, onde José Sayovo coleciona já 42 medalhas, das quais 20 de ouro, 20 de prata e duas de bronze, disse que com trabalho o atleta ainda possui condições de estar bem no Rio2016, tendo em conta a frescura física que apresenta.

Reiterou que necessitaria apenas da força de vontade que já demonstrou possuir, paz espiritual e muito trabalho a nível da resistência da velocidade para correr os 200 e 400 metros, acrescentando que pela idade seria desaconselhável apostar nos 100 metros por ser uma prova muito mais rápida.

Para o coordenador nacional do atletismo adaptado as verdadeiras apostas para os Jogos do Rio em 2016 são Octávio dos Santos, que em Londres2012 não esteve no seu melhor por conta de algumas mazelas físicas, Esperança Gicasso e Maria da Silva.

Disse que o CPA está a trabalhar igualmente com o atleta de 23 anos, Martins da Chala, classe T11 (visual), província de Malanje, e Silvestre Tchissing, de 18 anos, classe T46 (motor), província do Namibe, além de outros candidatos que estão a ser sondados pelas respetivas equipas técnicas nas diversas categorias de deficiências.