Foi um Rafael Nadal bem diferente daquele que perdeu dois sets na primeira eliminatória do torneio de Roland Garros, que ergueu a Taça dos Mosqueteiros pela sexta vez. O tenista espanhol de 25 anos não fez grandes exibições ao longo da quinzena parisiense mas soube jogar bem nos momentos importantes, como aconteceu na final em que derrotou Roger Federer, por 7-5, 7-6, (7/3), 5-7 e 6-1, em três horas e 40 minutos.

«O verdadeiro Rafa é o Rafa que ganha, o Rafa que joga bem e o Rafa que sofre e não joga bem. Há também o Rafa que joga muito bem e vence. Estes dois Rafas são os verdadeiros Rafas. O mais positivo é que fui capaz de reverter situações e manter uma boa atitude e isso não acontece sem dor e medo», disse Nadal.

O líder do “ranking” mundial recuperou de 2-5 no primeiro set – depois de ver Federer desperdiçar um “set-point” com um amortie que bateu um milímetro ao lado da linha – e reagiu no início do quarto “set”, quando enfrentou três “break-points”, para terminar com uma confiança inabalável.

«Abordei este torneio com menos confiança do que habitual. Ter perdido quatro finais consecutivas frente a Djokovic afectou-me mesmo. Mas guardei sempre uma boa atitude para reencontrar o melhor nível no momento em que mais precisava», afirmou Nadal, premiado com um cheque de 1,2 milhões de euros.

Apesar da desilusão de ter perdido uma final do Grand Slam, Federer fez um balanço positivo da sua prestação em Roland Garros, em cujas meias-finais derrotou Novak Djokovic, que até então tinha ganho os 41 encontros que realizou em 2011.

«É pena não ter podido aproveitar as minhas oportunidades no quarto set, mas de uma forma geral, estou contente. Wimbledon é sempre o objectivo número um na época e tenho a possibilidade de jogar bem lá», adiantou Federer, que ainda não confirmou a presença na próxima semana no torneio de Halle, já em relva.

Nadal viaja para a Grã-Bretanha, onde, como habitualmente, fará a transição para a relva no torneio de Queen’s.