O escocês Andy Murray saiu esta quinta-feira vitorioso da dura batalha com Ivo Karlovic, mas o croata não ficou satisfeito com a eliminação na segunda ronda de singulares de Wimbledon e falou em «escândalo» e «favorecimento».

Murray venceu em quatro partidas, pelos parciais de 7-5, 6-7 (5-7), 6-2 e 7-6 (7-4), num encontro em que os juízes de linha assinalaram 11 faltas de pé ao veterano Karlovic, "gigante" de 2,06 metros de altura, que faz do serviço a sua arma.

"Em toda a minha vida, nunca fiz 11 faltas de pé no serviço. Isto não aconteceu com os jogos a 30-0 ou 40-0, mas a 30-30 ou nos 'tie-breaks'. Depois deste encontro, a credibilidade deste torneio baixou de nível", asseverou Ivo Karlovic, de 33 anos.

O tenista da Croácia, que assinou 17 ases contra 13, referiu ter sido vítima da arbitragem "caseira" no embate com Murray, a esperança britânica para Wimbledon.

«Recuei ligeiramente no terreno para evitar as faltas de pé, mas os juízes continuaram a assinalá-las. Senti-me enganado. Numa prova do Grand Slam, no 'court' central, não sabia o que dizer», acrescentou, questionando: «Quem ganharia se eu averbasse esses 10 pontos?».

Na competição feminina, a checa Petra Kvitova, detentora do título, avançou para a terceira ronda, depois de ter imposto os parciais de 6-0 e 6-4 à britânica Elena Baltacha.

A bielorussa Victoria Azarenka, a norte-americana Serena Williams e a russa Maria Sharapova qualificaram-se também, mas a última, número um mundial, experimentou mais dificuldades.

Frente à búlgara Tsvetana Pironkova, 38.ª na hierarquia mundial, Sharapova, que não foi além dos quartos de final no ano passado e das meias-finais em 2010, triunfou por 7-6 (7-3), 6-7 (3-7) e 6-0.

«Se jogássemos todo o ano na relva natural, ela [Pironkova] estaria seguramente no 'top-5’ mundial. Ela tem o jogo perfeito para esta superfície», admitiu Sharapova.