A tenista portuguesa Michelle Brito, que eliminou hoje a russa Maria Sharapova, número três do mundo, no torneio de Wimbledon, agradeceu ao seu pai por lhe ter reavivado o amor pela modalidade.

«Se perderes muitas vezes, pensas: ‘o que estou para aqui a fazer?’ E foi aí que a minha família entrou, para me ajudar a motivar», sublinhou Michelle Brito, depois de eliminar a russa Maria Sharapova, pelos parciais de 6-3 e 6-4.

A tenista lusa afirmou ter estado a «trabalhar no duro», a dar «120 por cento» nos treinos, afirmando que o seu pai, António, a tem incentivado muito.

«Quando eu tinha 16 anos, estava no top-100 e todos começaram a comparar-me com a Martina Hingis, esperando que ganhasse um torneio do Grand Slam com aquela idade. Mas isso nunca acontece, ganhar Grand Slams com essa idade. O ténis está tão competitivo e tão forte que é muito duro conseguir manter-me dentro», sublinhou.

Michele Brito não dispensou elogios ao seu pai, afirmando que a «ajudou imenso», afirmando que «é muito fácil perder a motivação»".

«Eu não sou daquelas jogadoras que começa a arranjar desculpas, como a doença ou as lesões, não é o caso. Eu só não estava a jogar bem. Não tinha motivação. Não vou mentir: estava a ficar um bocadinho fora do radar», admitiu.

A tenista portuguesa reconheceu ter sorte por ter os seus pais próximos de si, a darem-lhe apoio e a incentivarem-na, até porque «era muito duro» enfrentar uma determinada fase da carreira.

«É justamente por isso que esta vitória é mais saborosa e fico feliz por estar aqui», salientou.

Michelle Brito aceitou comentar os gritos que dá quando está a jogar, afirmando que muitas outras jogadoras também o fazem.

Além disso, a tenista lusa realçou que «não cortou nada» e «continua a ser mesma jogadora» que era quando tinha 16 anos.