O tenista espanhol Rafael Nadal, número três mundial, admitiu hoje, em entrevista ao L’Équipe, que, apesar do seu corpo já não responder como antigamente, continua a manter a mesma ambição de ganhar todos os torneios em que participa.

“Quanto mais velhos nos tornamos, mais difícil se torna. O corpo não reage como aos 20 anos. Mas, na minha cabeça, tenho sempre a mesma motivação. Puderam vê-lo em Doha, onde, depois de a minha eliminação na primeira ronda, treinei imenso todos os dias”, analisou o antigo número um mundial, de 28 anos.

Apesar de reconhecer que a derrota na capital do Qatar foi negativa, Nadal confessou que manteve uma energia positiva e a confiança para estar ao melhor nível no Open da Austrália, primeiro ‘Grand Slam’ da temporada, que começa segunda-feira em Melbourne.

Vítima de várias lesões ao longo da sua intensa carreira e de outros tantos regressos ao circuito, o recordista de títulos em Roland Garros (9) aprendeu a dar mais valor aos triunfos do que quando estes se sucediam ao ritmo de recordes.

No entanto, o maiorquino lamentou nas páginas do diário desportivo francês a pouca sorte que teve em alguns momentos, destacando que foi “mais azarado” do que os seus dois maiores rivais, o suíço Roger Federer e o sérvio Novak Djokovic.

Recusando traçar um objetivo concreto para 2015, Nadal explicou que é preciso jogar bem toda a temporada para garantir grandes feitos.

“Para estar preparado para um objetivo importante, é preciso jogar bem antes. Eu, por exemplo, para estar preparado para Roland Garros tenho de o estar também em Indian Wells, Monte Carlo, Barcelona, etc. O meu treino mais importante é sempre o de amanhã”, frisou.