Os líderes do ténis mundial, Novack Djokovic e Serena Williams, garantiram hoje presença nas meias-finais do Open da Austrália, num dia em que o suíço Stanislas Wawrinka se manteve na luta pela revalidação do título.

Stanislas Wawrinka, campeão em 2014, desforrou-se da derrota do ano passado nos quartos de final do Open dos Estados Unidos, e impôs-se ao japonês Kei Nishikori, em três ‘sets’, pelos parciais de 6-3, 6-4 e 7-6 (8-6), em duas horas e quatro minutos. No último parcial, depois de ter estado a vencer por 6-1, o suíço, quarto da hierarquia mundial, viu Nishikori empatar a seis. “Fiquei um pouco hesitante quando ele chegou ao 6-6. Tive a sorte de ele ter falhado e de conseguir fechar com um ‘ás’”, afirmou o suíço, que na final do ano passado derrotou o espanhol Rafael Nadal. Na meia-final, a terceira da sua carreira, Wawrinka vai ter pela frente o líder da classificação mundial, o sérvio Novak Djokovic, que se impôs ao canadiano Milos Raonic, oitavo favorito, pelos parciais de 7-6 (7-5), 6-4 e 6-1.

Djokovic, tetracampeão do Open da Austrália, sentiu dificuldades no primeiro parcial, mas acabou por conseguir impor o seu ritmo e vencer com alguma facilidade os dois seguintes, para marcar presença na sua 25.ª meia final de um ‘Grand Slam’. “Foi um bom jogo, senti-me muito bem no fundo do ‘court’, Nunca nos podemos sentir velhos quando estamos entre os quatro melhores de um ‘Grand Slam’” afirmou Djokovic, que marcou 15 ases.

Djokovic e Wawrinka vão defrontar-se pela 20.ª vez, sendo que o sérvio leva uma clara vantagem de 16 triunfos nos confrontos com o suíço. O outro finalista do Open da Austrália vai sair do confronto entre o britânico Andy Murray e o checo Tomas Berdych.

No quadro feminino, Madison Keys, de 19 anos, impôs-se à sua compatriota Venus Williams, por 6-3, 4-6 e 6-4, num encontro que opôs duas gerações do ténis norte-americano.

Keys, que completa 20 anos em fevereiro, tem quase menos 15 anos que Venus Williams, que já há cinco anos não marcava presença nos quartos de final de um ‘Grand Slam’. Madison Keys venceu o primeiro ‘set’ em 29 minutos, mas lesionou-se na perna esquerda, o que lhe afetou os movimentos e permitiu que Venus se colocasse em vantagem por 4-1 no segundo parcial.

A jovem norte-americana, 35.ª da hierarquia mundial, foi assistida pelo médico, mas não conseguiu impedir que Venus Williams vencesse por 4-6. No terceiro parcial, Venus Williams teve oportunidade de chegar a uma vantagem de 5-3, mas Madison Keys evitou, igualando a 4-4 e acabou por fechar o ‘set’ em 6-4.

“Estou feliz por estar nas meias-finais, mas o melhor é ter conseguido vencer a Venus e chegar aqui, agora quero disfrutar o momento e espero fazer o mesmo no próximo encontro”, afirmou Madison, que ainda não era nascida quando a adversária de hoje disputou o seu primeiro torneio do circuito WTA.

Na primeira meia-final da sua carreira, Madison Keys – que é treinada pela antiga número um mundial Lindsay Davenport -, vai ter pela frente a irmã de Venus, Serena Williams, líder da hierarquia mundial.

Num jogo que durou 65 minutos, Serena Williams impôs-se à eslovaca Dominika Cibulkova, 10.ª da hierarquia mundial, por duplo 6-2, no seu encontro mais rápido desde o início do torneio.

No final do encontro em que marcou 15 ases, Serena mostrou-se satisfeita por voltar a marcar presença nas “meias” do Open da Austrália, fase à qual não chegava desde 2010. “É muito bom passar os quartos de final, ou a quarta ronda”, afirmou Serena Williams, que já venceu o Open da Austrália por cinco vezes (2003, 2005, 2007, 2009 e 2010), acrescentando: “Joguei muito bem, senti que tinha de o fazer para não ir já para casa”.

Cibulkova, que tinha deixado pelo caminho a bielorussa Victoria Azarenka, bicampeã do torneio, reconheceu não ter tido hipótese de fazer o seu jogo. “Quando ela [Serena] tem um dia como este é muito difícil jogar contra ela. Tentei, mas quase não me deu hipótese de respirar”.

Caso chegue ao sexto título no Open da Austrália, Serena Williams alcançaria o 19.º título em torneios do ‘Grand Slam’, o que lhe permitiria ultrapassar os 18 das compatriotas Martina Navratilova e Chris Evert, e aproximar-se dos 22 da recordista Steffi Graf.

A outra meia-final feminina vai colocar frente a frente as russas Maria Sharapova, segunda de hierarquia mundial, e Ekaterina Makarova.