O tenista João Sousa, número um português, reconheceu hoje que as expetativas dos adeptos em relação à sua prestação no Estoril Open são altas, mas defendeu que lidar com a pressão é uma realidade a que está habituado.

“Das pessoas, acho que as expetativas são altas. Como neste momento sou o número um português, é óbvio que as pessoas que me seguem esperam que eu faça um bom torneio e eu vou dar tudo por tudo e deixar tudo em campo para que isso possa acontecer”, começou por dizer à agência Lusa, depois de cumprir uma sessão de autógrafos numa loja de um centro comercial de Cascais.

Rosto mais visível nos ‘mupis’ promocionais do novo torneio, o 56.º tenista mundial considera que a frase “Pressão de jogar em casa”, que estilhaça com a batida de uma bola de ténis, foi bem escolhida, porque “lidar com a pressão é uma realidade, não há nada a esconder”.

“Fico muito contente por o torneio ter escolhido a minha imagem, é um orgulho por todo o trabalho que tenho desenvolvido”, destacou aquele que é o melhor tenista português de sempre no ‘ranking’ ATP (foi 35.º).

Mas para afastar a pressão de jogar em ‘casa’, Sousa terá de eliminar logo na primeira ronda Rui Machado, um adversário que, além de ser seu amigo, é “um excelente jogador”.

“Vai ser um encontro difícil, conhecemo-nos bem há vários anos. Vai ser um jogo de bom nível e vou fazer de tudo para fazer um bom jogo”, analisou.

Em jeito de brincadeira, o número um nacional reconheceu que cruzar-se com compatriotas na primeira ronda é uma tendência sua.

“Já defrontei o Gastão [Elias] duas vezes, no anterior Estoril Open, no Jamor. Mais uma vez isso aconteceu, já sei bem lidar com a situação”, disse, indicando que preferia jogar com um estrangeiro, mas que a parte positiva do confronto nacional da primeira ronda é haver um português na segunda fase.

Com quatro portugueses no quadro principal – além de Sousa, Machado e Elias, também Frederico Silva está entre os inscritos -, o vimaranense vê com bons olhos a possibilidade de um jogador luso ir além dos quartos de final, fase que nenhum representante português ultrapassa desde 2010, na anterior versão jogada no Jamor.

“Seria ótimo para o torneio, seria ótimo para o ténis. Acredito que nós, os jogadores portugueses que estamos no quadro, temos potencial para que isso possa acontecer. Vamos fazer tudo para que isso aconteça, para dar alegria às pessoas”, garantiu.

O Estoril Open disputa-se entre segunda-feira e domingo, no Clube de Ténis do Estoril, com a fase de qualificação a decorrer desde hoje.