O português, 56.º do mundo, enfrenta na terça-feira à noite o 8.º cabeça de série do torneio e 9.º jogador do Mundo), Stan Wawrinka. Os dois tenistas já se encontraram em Wimbledon, com vitória para o suíço (6-3, 6-4, 6-3).

"É um encontro diferente. Em Wimbledon as condições eram completamente diferentes e vai ser, sem dúvida, um encontro difícil porque ele é um grande jogador. Vou recuperar da melhor maneira para estar a 100 por cento, para dar o meu melhor e tentar, obviamente, vencer", disse João Sousa após a vitória sobre o polaco Jerzy Janowicz no final da primeira ronda.

João Sousa considerou que é uma vantagem para si "ter mais rodagem na terra batida" do que Wawrinka, que não tem somado bons resultados neste tipo de piso.

"É uma vantagem. Ele [Stan Wawrinka] já fez alguns torneios [neste piso], e não tem bons resultados e eu venho com confiança. Cada dia é uma batalha diferente e as sensações são diferentes, mas venho com confiança depois desta vitória", disse o número um português.

Sobre o encontro de hoje, na qual bateu o polaco Jerzy Janowicz por 6-4 e 7-5, João Sousa destacou o acerto no primeiro serviço (ganhou 87% dos pontos, ou 35 em 40, no seu primeiro serviço) e o facto de ter aproveitado as oportunidades criadas pelo estilo de jogo do polaco.

"Acho que enquanto esteve no serviço, [Janowicsz] não dava muito ritmo, porque tem um serviço muito potente e do fundo [do ‘court’] gosta de uma ou duas pancadas. Estive muito focado e sabia que ia ter algumas oportunidades. Aproveitei-as e consegui seguir em frente", disse o tenista vimaranense.

Janowicz, que tem um dos serviços mais potentes do circuito mundial (tem o sétimo serviço mais rápido da história do ténis), fez 10 ases ao longo dos dois ‘sets’ (contra quatro do português).

No entanto, quando Janowicz não colocava o primeiro serviço ou servia de forma mais lenta, João Sousa punia-o quase sempre, ou com respostas colocadas ou levando o jogo para uma troca de bolas do fundo do campo, onde este sempre mais acertado. O polaco acabou o jogo com 71% de pontos ganhos no primeiro serviço (contra 87% de Sousa) e de 48% no segundo serviço (face aos 63% do português).

O português destacou ainda o apoio dos portugueses nas bancadas do torneio madrileno, sobretudo no primeiro dia, em que derrotou o francês Edouard Roger-Vasselin, no ‘qualifying’.

"A verdade é que fiquei um bocadinho surpreendido [com o muito apoio dos portugueses]. Mesmo no primeiro dia, frente ao Roger-Vasselin, estiveram muito portugueses a apoiar e é sempre bom sentir o carinho do público. Foi fantástico este apoio e hoje também se fizeram sentir em grande e é ótimo poder dar alegrias a essas pessoas que me apoiam", disse o tenista luso.