O tenista francês Gael Monfils fez hoje a vontade a Roger Federer, apurando-se para os oitavos de final de Roland Garros para defrontar o número dois mundial, que procura a ‘vingança’ pela derrota na Taça Davis.

Federer, que 'despachou' o seu encontro da terceira ronda logo no início da sexta jornada, teve de esperar longas horas até que o 'homem maratona' – é conhecida a sua tendência para disputar encontros à melhor de cinco ‘sets’ – concretizasse o seu desejo, ao vencer o uruguaio Pablo Cuevas, por 4-6, 7-6 (7-1), 3-6, 6-4 e 6-3.

“Temos jogado um contra o outro durante toda a minha carreira, e é difícil. Especialmente nos últimos quatro, cinco anos, tem sido mais complicado. Aqui também já jogámos algumas vezes”, recordou Federer, no final do seu encontro, referindo-se às meias-finais de 2008 e aos ‘quartos’ de 2009 e 2011, nos quais saiu sempre vencedor.

Na memória do suíço está também a derrota sofrida frente a Monfils na final da Taça Davis de 2014. O 13.º cabeça de série em Roland Garros foi o único a conquistar um ponto para a França no triunfo por 3-1 dos helvéticos, precisamente no encontro com Federer.

Mas, antes dos ‘oitavos’, o recordista de vitórias em torneios de ‘Grand Slam’ (17) e vencedor em Paris em 2009 teve de vencer o seu encontro da terceira ronda, uma tarefa que se revelou fácil. Frente ao bósnio Damir Dzumhur, 88.º jogador mundial, Federer não acusou a década de diferença entre ambos, triunfando por 6-4, 6-3 e 6-2, em uma hora e 28 minutos.

“Desde o início do encontro, o vento não me ajudou e cometi alguns erros, mas encontrei o meu ritmo, tudo foi progredindo positivamente e consegui jogar mais à vontade”, explicou o suíço, que está a cumprir a sua 17.ª presença consecutiva em Roland Garros.

Para os franceses, os oitavos de final do segundo ‘Grand Slam’ da época são um verdadeiro ‘déjà-vu’ da final (perdida) da Taça Davis de 2014, já que um dos ‘seus’, o 12.º cabeça de série Gilles Simon, tem encontro marcado com o número dois suíço.

Stanislas Wawrinka, o número nove do ‘ranking’, dominou o norte-americano Steve Johnson, 56.º jogador mundial, impondo-se por 6-4, 6-3 e 6-2, para cruzar-se com Simon, que precisou de quase quatro horas de jogo para eliminar o compatriota Nicolas Mahut (116.º), pelos parciais de 6-2, 6-7 (6-8), 6-7 (6-8), 6-3 e 6-1.

Nos ‘oitavos’ estão também o quarto e o quinto classificados do ‘ranking’ mundial, que tiveram uma jornada bem distinta rumo à fase seguinte: se o checo Tomas Berdych teve de superar-se para conquistar a vitória frente ao francês Benoit Paire, por 6-1, 6-7 (5-7), 6-3 e 6-4, o japonês Kei Nishikori nem precisou de sair do hotel, beneficiando da desistência do alemão Benjamin Becker.

Depois de dias de convulsão, o quadro feminino viveu finalmente uma jornada tranquila, com Maria Sharapova a prosseguir o seu caminho até aos oitavos de final, depois de vencer a experiente Samantha Stosur, por 6-3 e 6-4.

Foi evidente o alívio sentido pela número dois mundial e detentora do alívio no final do encontro da terceira ronda do ‘Grand Slam’ francês frente à australiana, 26.ª cabeça de série e vencedora do Open dos Estados Unidos em 2011.

“Sabia que ia ser um encontro duro, mas quando saí para o ‘court’ todas as grandes memórias regressaram a mim”, revelou Sharapova, que no ano passado derrotou Stosur em Paris depois de uma longa maratona para avançar rumo ao seu segundo título em Roland Garros (também venceu em 2012).

Nos ‘oitavos’, a russa vai encontrar a checa Lucie Safarova, 13.ª cabeça de série, que derrotou a alemã Sabine Lisicki, 20.ª pré-designada, por 6-3 e 7-6 (7-2).

A campeã de 2008 e sétima jogadora mundial, a sérvia Ana Ivanovic, esteve hoje bem mais assertiva que nas duas rondas anteriores, apurando-se em 53 minutos para a quarta ronda, ao bater a croata Donna Vekic (165.ª), por expressivos 6-0 e 6-3.