Stanislas Wawrinka desfez hoje o sonho francês de Jo-Wilfried Tsonga e acabou o dia como único finalista do quadro masculino de Roland Garros, depois de a meia-final entre Novak Djokovic e Andy Murray ser interrompida por avisos de tempestade.

Na primeira meia-final do dia, num dia de calor infernal em Paris, o tenista suíço destruiu o sonho de Jo-Wilfried Tsonga e de milhões de franceses, ao vencer por 6-3, 6-7 (1-7), 7-6 (7-3) e 6-4, em quase quatro horas de encontro, para avançar para a sua primeira final no complexo do Bois de Boulogne e a sua segunda em torneios de ‘Grand Slam’ (a outra, no Open da Austrália de 2014, venceu-a).

"Foi fisicamente difícil. Houve muita intensidade de ambas as partes, podia ter caído para os dois lados. Estou verdadeiramente feliz por ter caído para o meu”, reconheceu o número nove do ‘ranking’ mundial, que venceu Roland Garros na vertente de juniores em 2003.

E Tsonga bem pode culpar-se pelos erros cometidos e pelas oportunidades desperdiçadas (converteu apenas um de 17 ‘break-points’ de que dispôs), que o impediram de se tornar no primeiro francês desde Henri Leconte, em 1988, a alcançar a final do ‘Grand Slam’ parisiense.

“Não tenho muitos arrependimentos. Não fui suficientemente realista. Não soube aproveitar as oportunidades quando estas me foram oferecidas, portanto perdi. No global do encontro, ele foi melhor do que eu”, reconheceu o 15.º tenista mundial, derrotado pela quinta vez na meia-final de um ‘Grand Slam’.

Mais consistente no encontro de hoje, Wawrinka reconheceu que os ‘breaks’ desperdiçados por Tsonga foram cruciais, sobretudo no terceiro ‘set’.

“Sinto-me forte, estou a jogar bem. Hoje, ganhei uma dura batalha. É sempre difícil jogar contra o Jo, sobretudo aqui em Paris. Estou satisfeito por me ter mantido sólido mentalmente”, analisou.

Ainda antes de conhecer o seu adversário na final – vai mesmo ter de esperar por sábado -, ‘Stan, The Man’ assegurou que, quando está ao seu melhor nível, pode bater qualquer jogador.

“Estar na final, aqui, é excecional. Depois de ter conquistado um ‘Grand Slam’ na Austrália há um ano, poder voltar a disputar a final de um ‘major’ é fabuloso”, resumiu.

Foi já no hotel que Wawrinka viu a sua tarefa ficar ligeiramente mais facilitada, quando o juiz árbitro do ‘Grand Slam’ francês decidiu interromper a meia-final entre sérvio Novak Djokovic, número um do ténis mundial, e o britânico Andy Murray, número três.

Depois de vários sinais de ambos para as suas ‘boxs’, dando a entender que a falta de luz estava a condicionar o seu jogo, Djokovic e Murray viram o seu encontro definitivamente adiado para sábado, quando o sérvio vencia por 6-3, 6-3, 5-7 e 3-3, após mais de três horas em ‘court’, não por causa da noite, mas sim por um aviso de trovoada e tempestade.