O treinador do Chelsea, o português José Mourinho, reconheceu hoje que chorou quando o tenista britânico Andy Murray conquistou o torneio de Wimbledon, terceira prova do ‘Grand Slam’ da temporada.

“Tenho de dizer que deixei cair um par de lágrimas pelo Andy, quando ele ganhou Wimbledon. Foi algo que, obviamente, significou mais do que qualquer outra coisa na carreira dele. Consigo imaginar que foi algo de outro mundo”, disse Mourinho, em declarações à rádio do torneio de Queen’s, em Londres.

Campeão inglês de futebol pelo Chelsea, José Mourinho é um adepto de ténis e foi visto várias vezes esta semana em Queen’s, a assistir a jogos do espanhol Rafael Nadal e de Murray, que acredita que “não trocaria a vitória em Wimbledon por 10 triunfos em outros ‘Grand Slams’”.

“É mais do que um encontro, é mais do que um torneio. Ele quebrou a barreira psicológica que havia para todos os britânicos que gostam deste jogo. Acredito que esse foi, de certeza, o melhor dia da sua carreira e eu partilhei dessa alegria”, disse.

Mourinho comparou ainda o trabalho dos tenistas e dos futebolistas, dizendo que é mais difícil estar dentro de um ‘court’ devido à natureza solitário do ténis.

“No ténis, eles fazem desempates por grandes penalidades todos os dias. Cada ponto é uma decisão difícil, pelo que eles têm de ser realmente forte. Eu digo sempre que no meu desporto em algumas ocasiões escondemo-nos atrás uns dos outros. Podemos sempre encontrar desculpas no sucesso e nas falhas e, neste aspeto, o ténis é fenomenal, porque tens de ser realmente forte”, concluiu.