Andy Murray guiou hoje a Grã-Bretanha para a sua primeira meia-final da Taça Davis em ténis em 34 anos, ao conquistar o ponto decisivo na eliminatória com a França, finalista no ano passado, frente a Gilles Simon.

O número três mundial desafiou o desgaste do seu terceiro encontro em três dias na relva de Queen’s para, num encontro emocionante, se impor por 4-6, 7-6 (7-5), 6-3 e 6-0 a Simon, somar o seu 23.º triunfo em 25 encontros de singulares pela sua seleção, garantir a primeira vitória britânica sobre os franceses desde 1978 e a primeira meia-final desde 1981.

Depois de limpar algumas lágrimas de alegria, Murray, que ganhou os dois encontros de singulares e o de pares ao lado do irmão Jamie, disse que tinha usado as suas últimas reservas de energia para conquistar o 3-1 decisivo e assegurar o confronto com a Austrália na meia-final, a seleção que os britânicos derrotaram na última vez que passaram à final, em 1978.

Os australianos bem podem agradecer ao veterano Lleyton Hewitt pela sua vitória inesperada frente ao Cazaquistão, por 3-2. A perder por 2-0 após a primeira jornada dos quartos de final, a seleção da casa completou a reviravolta perfeita com o triunfo do antigo número um mundial (atualmente ocupa a 279.ª posição) sobre Aleksandr Nedovyesov, por 7-6 (7-2), 6-2 e 6-3.

Depois de, no sábado, ter feito o primeiro ponto australiano junto a Hewitt nos pares, Sam Groth mereceu a confiança do seu selecionador, igualando a eliminatória 2-2, ao derrotar Mikhail Kukushkin, por 6-3, 7-6 (8-6), 4-6 e 7-6 (8-6), e deixando a responsabilidade final para o tenista que este ano se retirará dos ‘courts’.

Esta é a primeira vez em 76 anos que a Austrália, 28 vezes vencedora da Taça Davis, recupera de uma desvantagem de 2-0.

A outra meia-final vai opor a Bélgica, que derrotou o Canadá, privado dos seus melhores jogadores, por expressivos 5-0, à Argentina, que afastou a Sérvia, sem Novak Djokovic, ao vencer por 4-1. Há 16 anos que os belgas não estavam nas ‘meias’ da principal competição por seleções do ténis.