A Holanda tornou-se hoje a sensação da Fed Cup, ao conseguir a proeza de eliminar a Rússia, finalista no ano passado, com duas tenistas classificadas fora do ‘top-100’ mundial.

A jogar em casa, as russas, campeãs da principal competição de seleções femininas do ténis em 2004, 2005, 2007 e 2008, sofreram uma humilhante por 3-1. O terceiro e decisivo ponto holandês foi conquistado por Kiki Bertens, 106.ª tenista mundial, que bateu a experiente Svetlana Kuznetsova, por 6-1 e 6-4.

Esperava-se que Maria Sharapova repensasse a sua decisão – aceitou estar na Fed Cup apenas para poder disputar os Jogos Olímpicos, mas recusou-se a jogar alegando uma lesão -, mas a número seis mundial manteve-se impassível, deixando à dupla campeã de ‘Grand Slam’, que na véspera tinha sido derrotada no encontro mais longo da história da competição, a tarefa de salvar a Rússia.

Kuznetsova, 17.ª tenista mundial, fracassou e a Holanda avança para a sua primeira meia-final desde 1997, tendo encontro agendado com a França, que derrotou a Itália, campeã da Fed Cup em 2006, 2009, 2010 e 2013, por 4-1, em Marselha.

A outra meia-final vai opor a detentora do título, a República Checa, à Suíça, depois de as checas terem sobrevivido a uma difícil primeira ronda com a Roménia, para se imporem por 3-2.

As campeãs das últimas duas edições viram a sua número um, a nona tenista mundial Petra Kvitova, perder os dois singulares e foram salvas por Karolina Pliskova (13.ª), que conquistou os três pontos para a sua seleção.

O triunfo da Suíça também foi arrancado a ferros, com a jovem Belinda Bencic a ser a heroína da eliminatória, ao contrariar o favoritismo de Angelique Kerber, vencedora do Open da Austrália e número dois mundial, no terceiro encontro de singulares, e ao ajudar Martina Hingis a conquistar o decisivo quinto ponto.