A norte-americana Jennifer Capriati, antiga líder do ‘ranking’ mundial de ténis e que abadonou o circuito em 2004, lançou duras críticas à russa Maria Sharapova, que acusou positivo num controlo antidoping realizado no último Open da Austrália.

Na sua conta oficial no Twitter, e sem se referir diretamente ao nome de Sharapova, Capriati defendeu que a russa “tem de ser despojada de todos os títulos que venceu”.

“Qual é o interesse de alguém tomar um medicamento para o coração, que ajuda a recuperar mais rapidamente? A não ser que tenha um problema cardíaco”, escreveu a antiga jogadora, que venceu três torneios do ‘Grand Slam’ (dois Open da Austrália, em 2001 e 2002, e um Roland-Garros, em 2001).

Campeã olímpica nos Jogos Barcelona92, Capriati foi detida em 1994 por posse de marijuana e aceitou integrar um programa de desintoxicação, motivando um dos maiores escândalos na altura no circuito feminino.

“Tive uma ‘queda’ na minha carreira, mas nunca fiz batota. Nunca tive uma equipa de médicos paga a preço de ouro para encontrar forma de contornar os regulamentos”, lembrou Capriati.

Sharapova, de 28 anos, revelou na segunda-feira que teve um controlo positivo a meldonium, uma substância que toma desde 2006 que se tornou proibida este ano, assumindo que não tinha visto a lista atualizada de produtos proibidos.

De acordo com a Federação Internacional de Ténis (ITF), a russa foi controlada a 26 de janeiro no Open da Austrália, num teste que revelou a presença dio produto proibido.

Segundo a ITF, por a substância estar entre as proibidas pela Agência Mundial Antidopagem e pelo seu próprio programa antidoping, Maria Sharapova será suspensa preventivamente a partir de 12 de março, até que o caso esteja resolvido.

A russa, que venceu cinco torneios do ‘Grand Slam’, foi eliminada nos quartos de final do Open da Austrália, que se disputou no final de janeiro.