Pedro Sousa descobriu em Hammamet o filão de excelentes resultados, mas, ainda assim, o tenista português recusa encarar a cidade tunisina, onde já festejou três títulos, como um talismã.

“Não é talismã, apenas me dei bem aqui”, assegura à agência Lusa o 475.º jogador mundial desde Hammamet, onde, no domingo, conquistou o seu terceiro título no ‘future’ local.

A história do lisboeta com a cidade tunisina é um verdadeiro idílio - nos oito 'futures' que disputou desde janeiro em Hammamet, chegou por seis vezes à final -, mas Sousa atribui os resultados ao trabalho na pré-temporada.

“Preparei-me bem para este ano. O meu sucesso deve-se a isso e não ao facto de jogar aqui. Escolhi jogar aqui, porque é em terra batida e não há muitos torneios de terra nesta altura”, conta, revelando que nunca tinha estado na cidade.

Apesar do registo quase irrepreensível nos ‘futures’ (torneios do terceiro escalão do circuito mundial) locais, o descontraído Pedro Sousa jura que não é o tenista mais temido pelos adversários.

“Não sou o homem a evitar, há mais jogadores bons a jogar aqui, que também são duros. Se calhar sou um dos”, confessa.

O seu sucesso, explica, advém das “boas condições”, quer seja o clima, a proximidade de Portugal – até o vento, que é uma constante nos ‘courts’ do ‘seu’ Clube International de Foot-Ball (CIF), não atrapalha –, a presença de muitos portugueses e brasileiros no ‘resort’ onde se disputa o torneio ou o fator económico.

“É ‘barato’ estar aqui, e por isso, não é tão dispendioso como jogar ‘futures’”, concluiu o tenista de 27 anos, que está de volta aos grandes resultados depois de um período atribulado de lesões.