Roger Federer prolongou hoje o seu domínio no ténis mundial, ao unir o título no Masters 1000 de Miami, conquistado em dois ‘sets’ diante do eterno rival Rafael Nadal, aos de Indian Wells e do Open da Austrália.

No palco onde tudo começou, há 13 anos, a rivalidade entre o suíço e o espanhol conheceu o 37.º episódio, com Roger Federer a impor-se por 6-3 e 6-4, em uma hora e 35 minutos, para conquistar o seu terceiro título em Miami, o primeiro desde 2006, o 26.º num torneio Masters 1000 e o 91.º da carreira.

“Estou feliz por estarmos aqui juntos. Foi aqui que a nossa rivalidade começou, quando tu eras um miúdo. Entretanto, tornaste-te um homem forte. Tivemos grandes batalhas ao longo dos anos. Nessa primeira vez [em 2005], quando te bati na final com um pouco de sorte, disse-te que ias ganhar este torneio e ainda acredito que o vás fazer”, disse o sexto tenista mundial.

Aos 35 anos, o suíço continua a viver uma segunda juventude no ténis, tendo ‘regressado’ hoje a 2006, último ano em que venceu, de seguida, o Open da Austrália, Indian Wells e Miami.

“Para mim, o sonho continua”, assumiu ainda no ‘court’.

Além de ter conquistado os três títulos mais importantes da temporada e de ter batido o seu eterno rival pela quarta vez consecutiva, algo inédito na sua rivalidade, Federer, que jogou a sua 23.ª final com o espanhol, reduziu a diferença no confronto direto: tem agora 14 triunfos face aos 23 do sétimo jogador do ‘ranking’.

“Estou muito feliz por ti. Esta semana foi muito boa para mim, pena ter perdido pela terceira vez esta temporada com o Roger”, brincou o maiorquino, que foi derrotado pelo suíço na final do Open da Austrália e na quarta ronda de Indian Wells.

Ainda não foi desta que Nadal conseguiu quebrar o ‘enguiço’ em Miami, onda já disputou cinco finais, sem qualquer vitória.

“De três em três anos, estou na final, mas infelizmente levo sempre para casa o troféu mais pequeno. Espero que não tenha de esperar mais três anos para voltar a estar nesta posição”, disse o espanhol, que fraquejou nos momentos decisivos do encontro, permitindo o ‘break’ no oitavo jogo do primeiro ‘set’ e no nono do segundo.