Pedro Sousa assumiu hoje que chegou a não conseguir respirar, durante a vitória na primeira ronda do Estoril Open, mas acabou surpreendido ao perceber que o francês Paul-Henri Mathieu, que desistiu, estava pior do que ele.

“Quando voltei da casa de banho, vi o Mathieu com o saco às costas. Percebi que ele não estava bem e desistiu. Disse-me que estava com um problema na perna, que não podia jogar mais. Eu achei que estava bem pior que ele. A certa altura, nem respirar conseguia. Não me apercebi de nada, quando voltei da casa de banho tive uma grande surpresa”, confessou o número três nacional, que avançou para a segunda ronda graças à desistência do francês, quando o marcador estava 3-6 e 6-4.

Pedro Sousa reconheceu que o tenista francês teve mais mérito durante grande parte do encontro, mas congratulou-se por nunca ter desistido de tentar.

“Acho que é incrível para o ténis português. O Gastão já não é novidade nenhuma, mas acho que o João [Domingues] e o Fred [Silva] estão de parabéns porque despacharam dois jogadores do ‘top’. O João [Sousa] teve um dia mau, mas em qualquer torneio vai voltar a dar grandes alegrias. Estamos num bom momento”, considerou, referindo-se ao facto de haver quatro portugueses na segunda ronda do Estoril Open.

O número três português, que vai defrontar Gilles Muller, o terceiro cabeça de série, na segunda ronda, recordou que já ganhou ao luxemburguês há “uns anitos”.

“É mais um grande jogador, um cabeça de série, mas vou dar o meu melhor para conseguir ganhar e ser mais um português a passar uma ronda”, prometeu, mostrando-se feliz por “finalmente” ter um dia de descanso.

O lisboeta assumiu ainda que o título ‘challenger’ estava encravado e que a vitória em Francavilla, no domingo, foi inesperada.

“Se calhar, não estava muito à espera. Este ano quase não tinha ganhado nenhuns jogos. Estou um bocado aliviado por ter conseguido e poder ter somado alguns pontos”, completou.