Roger Federer engrandeceu hoje a sua lenda no ténis, ao apurar-se, pela 11.ª vez, para a final de Wimbledon, onde irá tentar, frente ao croata Marin Cilic, tornar-se no recordista absoluto de títulos na relva londrina.

O triunfo do suíço frente ao checo Tomas Berdych, o seu 90.º em singulares no All England Club, ficará na história não pelos parciais (7-6 (7-4), 7-6 (7-4) e 6-4, em duas horas e 19 minutos), mas sim pelos novos recordes que estabeleceu: o de presenças em finais do ‘major’ londrino e em torneios do ‘Grand Slam’ (29).

Prestes a completar 36 anos, aquele que já é o segundo finalista mais velho da ‘Era Open’ em Wimbledon, comprovou que está num momento de forma inexcedível, chegando à final, na qual irá tentar desempatar em número de títulos com o norte-americano Pete Sampras e o britânico William Renshaw, sem ceder um único ‘set’.

“Sinto-me privilegiado por estar noutra final. Terei o prazer de jogar no 'court' central outra vez. Mal posso crer que [ganhar aqui] é quase verdade outra vez. Estou feliz por ter um dia de descanso para refletir sobre o que fiz neste torneio”, disse o quinto jogador mundial.

Entre Federer e o seu oitavo título em Wimbledon (e o 19.º título do ‘Grand Slam’) há apenas mais um obstáculo, chamado Marin Cilic. O croata, de 28 anos, qualificou-se hoje, pela segunda vez na carreira, para a final de um ‘major’, ao derrotar o norte-americano Sam Querrey, por 6-7 (6-8), 6-4, 7-6 (7-3) e 7-5, em duas horas e 57 minutos.

“É inacreditável. Tenho estado a jogar um ténis muito, muito bom durante todo o torneio”, enalteceu o vencedor do Open dos Estados Unidos de 2014.

Segundo croata a marcar presença na final de Wimbledon, depois de Goran Ivanisevic ter conquistado o título (2001), o número seis mundial terá bem presente na memória a derrota imposta a Federer, nas meias-finais, da sua caminhada triunfal em ‘Flushing Meadows’, mas também a oportunidade perdida no ano passado, quando desperdiçou três ‘match-points’ nas meias-finais frente ao suíço.

Apesar do registo de Cilic em finais do ‘Grand Slam’ ser, para já, imaculado, poucos serão aqueles que apostarão contra Federer naquele que é o seu torneio ‘fetiche’.

Depois de ter esperado cinco anos para elevar a fasquia do recorde de títulos em ‘majors’, o suíço ‘arrisca-se’ agora a ganhar o seu segundo título do ‘Grand Slam’ em apenas seis meses, depois do conquistado no Open da Austrália no início do ano.