A atravessar o melhor momento da carreira, o português João Sousa recusou hoje estabelecer metas no Estoril Open, mas confessou que chegar aos quartos de final do principal torneio de ténis realizado em Portugal seria «um bom resultado».

A 23.ª edição do único torneio português do calendário principal dos circuitos masculino (ATP) e feminino (WTA) começa segunda-feira nos “courts” de terra batida do Complexo do Jamor e conta, pela primeira vez, com cinco portugueses no quadro masculino, um deles João Sousa.

«Este início de época, realmente, é o melhor da minha carreira, principalmente o último mês. Venho com confiança, com jogos ganhos e penso que isso é importante. É óbvio que ao jogar o Estoril Open há motivação para fazer um bom resultado e penso que esses resultados [que conquistei] ajudam na confiança», admitiu o português em conferência de imprensa.

Vindo do seu melhor resultado de sempre – na semana passada, pela primeira vez na carreira, atingiu a segunda ronda de um torneio da série 500 do ATP World Tour, em Barcelona, perdendo com Frederico Gil -, João Sousa sacudiu a pressão, recusando estabelecer metas.

«As expetativas são sempre altas. Um bom resultado seria os quartos-de-final. Nunca estive nos quartos-de-final num torneio ATP, por isso não vou pôr a fasquia muito alto», apontou.

Primeiro “convidado” de João Lagos para o torneio, o tenista de 23 anos, cuja maior recordação do Estoril Open é a sua primeira participação, quando tinha 19 anos e passou o qualifying, não escondeu a “honra” que sentiu com a mostra de confiança nas suas capacidades dada pelo diretor da prova.

Mas se o “wild card” lhe permite «disfrutar» do quadro principal do Estoril Open, a sorte nem por isso. Na primeira ronda, Sousa vai encontrar o parceiro de pares e amigo Gastão Elias: «Por um lado é bom, porque vamos ter um português na segunda ronda, mas por outro lado podíamos ter oportunidade de ter dois e não só um».

Para o 140.º jogador mundial, «amigos amigos, negócios à parte» e, por isso, «cada um vai fazer o máximo para ganhar», sendo que na memória de ambos ainda paira a recordação do encontro da primeira ronda da edição do ano passado, que acabou de forma “dramática” com Elias a retirar-se depois de mais de 02:30 horas em court.

«Se não tivesse sido ele teria sido eu», assumiu, brincando com possibilidade da história se repetir: «Já pedi para marcarem o court central por quatro horas».

Sobre o encontro da primeira ronda da 23.ª edição, os amigos ainda não falaram, porque Elias está em São Paulo e viu o seu voo ser cancelado, chegando apenas na madrugada de segunda-feira.

Sousa está confiante e satisfeito com o nível de jogo, que considera estar perto do dos dois melhores tenistas nacionais, Rui Machado e Frederico Gil, mas sabe que ainda há por onde melhorar.

«Gostava de ser top 100, mas não é algo em que me focalize muito. Objetivo de ranking não tenho, mas tenho objetivo de melhorar a cabeça e alguns pequenos pormenores que faltam para estar a melhor nível: o serviço, a esquerda», enumerou o jogador que num ano escalou cerca de 200 lugares na hierarquia mundial.

Além dos objetivos desportivos, Sousa tem outro bem concreto: deixar de depender da ajuda financeira dos pais.

«O ano passado infelizmente ainda me ajudaram, mas espero que este ano possa ser eu a fazer vida de tenista», concluiu.

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