Nuno Henriques reiterou hoje a intenção de se candidatar à presidência da Federação Portuguesa de Vela (FPV), mas espera a «reposição do Estado de Direito» no organismo para poder concretizar a sua vontade.

«Apelo aos senhores deputados para que, no âmbito das competências atribuídas constitucionalmente, exijam ao Sr. ministro Relvas a imediata reposição do Estado de Direito na FPV e a plena liberdade da oposição de concorrer às próximas eleições», diz, em carta enviada aos representantes populares no parlamento.

O dirigente da Associação Portuguesa de Regatas diz que «a vela nacional nunca se renderá às práticas discricionárias e desviantes dos princípios de legalidade, integridade, imparcialidade e transparência dos atuais dirigentes da FPV, que sistematicamente pervertem as regras de jogo e a Lei para se furtarem ao confronto eleitoral com a oposição, e que mais uma vez pretendem assegurar nova vitória eleitoral por lista única, pela 3.ª vez consecutiva».

Nuno Henriques, que se diz «ilegitimamente impedido» de ir a eleições, lamenta ainda as desavenças judiciais que tem com a federação.

«Com efeito, a ‘autoexclusão’ de que fui vítima é ilegal e inconstitucional, decorrendo neste momento no Ministério Público um inquérito instaurado após interposição de uma das queixas-crime apresentadas contra os dirigentes da FPV», explicou.

O aspirante à presidência da FPV garante que a instituição liderada por José Leandro tem cometido violações sistemáticas à lei, pelo que entende que não está em condições de ser contemplada com o estatuto de utilidade pública desportiva.

Nuno Henriques defende mesmo que essas «ilegalidades» só têm sido possíveis com o «beneplácito e o alto patrocínio» do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e do secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre.

Segundo o próprio, o objetivo da sua candidatura passa por «promover mais e melhor vela com menos recursos», lembrando a «redução das verbas públicas e privadas para o Desporto», bem como «pacificar a vela nacional».