A revelação de «contactos preliminares» para a formação de uma campanha luso-brasileira, uma escala angolana e a mudança da sede da Volvo Ocean Race (VOR) em vela para Lisboa marcaram hoje uma conferência de imprensa na Doca de Pedrouços.

O promotor da escala de Lisboa, o empresário João Lagos, confirmou a existência de negociações com o empresário Eike Batista e empresas portuguesas para a formação de uma campanha luso-brasileira, liderada pelo olímpico brasileiro Torben Grael.

«Seria uma honra partilhar um barco com o Brasil», disse João Lagos, depois de lembrar que Torben Grael já liderou a campanha do Brasil 1 e em 2008/2009 levou o Ericsson 4 ao triunfo na VOR.

João Lagos lembrou que um dos patrocinadores do Brasil 1 foi a operadora de telecomunicações Vivo, que então era detida em parte pela portuguesa PT, e revelou que o diretor executivo escolhido por Eike Batista é o antigo campeão olímpico brasileiro Alan Adler.

Angola também volta a entrar na lista de prioridades e o promotor estende o convite às autoridades angolanas para que Luanda ou o Lobito possam candidatar-se à escala africana da regata de circum-navegação em vez da Cidade do Cabo.

O diretor executivo da Volvo Ocean Race também surpreendeu ao admitir a mudança da sede (porto de largada da prova) de Alicante para Lisboa, garantindo:

«Tudo é possível. Estamos contentes com Alicante, mas no futuro nunca se sabe se poderemos mudar para Lisboa.»

O contrato com Alicante termina dentro de duas edições (2014 e 2017) e Knut Frostad não esconde a satisfação pelo “stopover” de Lisboa e pela organização portuguesa, sublinhando:

«Era bom que houvesse mais assim.»

Na conferência de imprensa, destinada a marcar as comemorações do Dia dos Oceanos, estiveram ainda os secretários de Estado do Turismo, Cecília Meireles, e do Mar, Manuel Pinto de Abreu.

Cecília Meireles, que destacou as potencialidades de Portugal como destino para os desporto náuticos, sublinhou a mudança da política de apoios do Turismo de Portugal, que passará a apenas 10 eventos anuais, e não os 70 a 80 contemplados no passado.