A Assembleia Municipal de Lisboa vota terça-feira a participação da cidade como porto de escala das duas próximas edições da Volvo Ocean Race, regata integrada entre os cinco maiores eventos desportivos do Mundo.
Em discussão, e votação, estarão os quatro milhões de euros necessários para Lisboa fazer parte das edições de 2014-2015 e 2017-2018.
Para a edição de 2014-2015 estão já asseguradas as passagens por Alicante (Espanha), Recife (Brasil), Abu Dhabi, Auckland (Nova Zelândia), Itajaí (Brasil), Newport (EUA) e Gotemburgo (Suécia).
Tendo em conta a última edição, que contou com dez portos, faltarão mais três cidades. Uma delas poderá ser Lisboa, caso mereça aprovação em Assembleia Municipal.
Segundo um estudo da PricewaterhouseCoopers, a passagem por Lisboa da Volvo Ocean Race de 2012, considerada de interesse público nacional pelo Conselho de Ministros, teve um impacto económico entre 29,2 a 34,4 milhões de euros.
Desse valor, 16,4 milhões referem-se ao impacto direto, enquanto o indireto oscilou entre os 13 e os 18 milhões de euros.
No mesmo estudo, Lisboa mereceu um total de 202.510 visitantes a uma escala que teve 700 horas de cobertura televisiva e uma audiência de 111 milhões em 37 países.
O projeto foi aprovado pela câmara a 30 de janeiro, mas, na altura, apenas a maioria socialista votou a favor, tendo o PSD e o PCP votado contra e o CDS-PP abstido.
O “enorme custo” da prova para o município levantou dúvidas às bancadas social-democrata e comunista.
Contudo, o presidente António Costa defendeu que o esforço para a manutenção da etapa em Lisboa entre 2015 e 2018 podia ser compensado quando fosse renegociada a base da partida para o próximo ciclo de regatas.
De acordo com António Costa, o objetivo é ter a partida da prova em Lisboa.
Segundo um acordo entre a câmara e a Associação de Turismo de Lisboa (ATL), as duas partes terão de pagar, até meados de 2018, quatro milhões de euros para a passagem das duas próximas edições da regata Volvo Ocean Race pela capital.