O atleta Samuel Freire revelou que “jamais vai esquecer este dia”, em que se sagrou campeão nacional de 10.000 metros e estabeleceu novo recorde de Cabo Verde, enquanto a bicampeã Catarina Ribeiro fala num “bom recomeço”.

“Competi com o meu colega de treino e meu mentor [Samuel Barata], que puxa por mim nos treinos e que me motiva. Sabia que ele estava numa grande forma, mas consegui vencer. Jamais vou esquecer este dia”, disse Freire à Lusa, dando conta do sentimento de “orgulho” por ter partilhado o pódio com colegas com quem tem treinado nas últimas semanas.

Sobre o futuro, o atleta luso cabo-verdiano do Vitória de Setúbal, que possui dupla nacionalidade e que venceu em Caldas da Rainha com o tempo de 28.28,93 minutos – novo máximo do país de origem –, revelou querer mais: “A partir daqui, quero melhorar a minha marca e quero, daqui a um mês, fazer uma prova de 5.000 metros e fazer uma boa marca”.

Já Catarina Ribeiro, que revalidou o título nacional, afiançou estar a ser um “bom recomeço”.

“Estou muito satisfeita por ter voltado à competição, porque no final do ano tive uma lesão muito grave. Agora, ainda tenho muito pela frente, mas estou a voltar e estou muito feliz por isso”, disse a ‘leoa’, que triunfou com o registo de 34.13,50 minutos.

A atleta ‘verde e branca’, que no ano passado conquistou o título português em Burjassot, em Espanha, asseverou que “a expectativa não era muito alta em termos de tempos”, assegurando também que o futuro passa por “atingir o melhor nível”, algo que, como a própria analisou, não tem conseguido desde os Jogos Olímpicos Tóquio2020, disputados em 2021 devido à pandemia de covid-19.

Já o ‘benfiquista’ Samuel Barata, que ficou na segunda posição e falhou o ‘penta’, depois de 2015, 2020, 2021 e 2022, admitiu estar “satisfeito” apesar de não ter conseguido o ouro.

Além disso, Barata, que cortou a meta em 28.37,31 minutos, mostrou-se muito satisfeito pelo colega de treino.

“Tentei ajudar o Samuel Freire a conseguir bater o recorde de Cabo Verde e conseguimos. Relativamente à prova, com o desgaste durante a mesma, ele na parte final estava mais fresco e foi um justo vencedor. Fico muito satisfeito por ele, porque sei o que trabalha e o que vale”, sublinhou, destacando o facto de o luso cabo-verdiano não ser profissional e de “ter apostado muito na modalidade”.