Nos Mundiais de atletismo de Londres, chegou o dia da despedida de dois dos maiores nomes de sempre da modalidade, o jamaicano Usain Bolt e o britãnico Mo Farah.

Ao mais alto nível, e se não voltarem com a palavra atrás, as duas 'lendas vivas' encerram hoje a carreira, o que faz do penúltimo dia destes Campeonatos do Mundo provavelmente o mais intenso.

Nos 100 metros, Bolt não conseguiu fechar com 'chave de ouro' e viu sagrar-se campeão o norte-americano Justin Gatlin, o 'mal-amado' por causa do historial de doping.

Volta hoje à pista para os 4x100 metros, uma especialidade em que a Jamaica é campeã olímpica e do Mundo. Mas pelas indicações vistas nos 100 e 200 metros, não está fácil chegar agora ao ouro.

A Jamaica tem apenas a quarta marca do ano na sua série, e sexta entre as 16 equipas, mas também é verdade que ainda não utilizou o 'trunfo' Bolt. As meias-finais correm-se de manhã e a final à noite, em fim de programa.

Se chegar à final, como tudo indica, Bolt irá para a pista hora e meia depois de Mo Farah, aqui já campeão de 10.000 metros e sempre favorito na légua.

Farah, que foi o segundo mais rápido nas 'meias', sem forçar, conta com o apoio de um estádio cheio para chegar a um inédito quarto título.

Quase certa é também o primeiro ouro dos russos - sob o manto de 'atletas neutrais' - tal é a superioridade na altura de Maria Lasitskene, antes conhecida como Maria Kuchina.

A campeã em título, que foi impedida de ir aos Jogos Olímpicos, é a única atleta consistente acima dos 2,00 metros, tendo como melhor 2,06, a três centímetros do recordo do mundo.

Também hoje chega ao fim o decatlo e a meio do programa comanda o francês Kevin Mayer, com 57 pontos de avanço sobre o alemão Kai Kazmirek.

Mayer, vice-campeão olímpico, está a aproveitar bem a primeira época sem o campeão olímpico, o norte-americano Ashton Eaton, grande dominador dos últimos tempos.

Ainda hoje, os Estados Unidos devem aumentar o seu já 'gordo' pecúlio de ouro, com a recordista mundial dos 100 metros barreiras, Kendra Herrison, e com o quarteto de 4x100 metros femininos.

Finalmente, o lançamento do dardo em masculinos tem o alemão Johannes Vetter 'muito à frente' da concorrência. Foi o melhor na qualificação, com 91,20 metros, e este ano apenas o seu compatriota Thomas Rohler, que também está na final, já passou dos 90 metros.