Mark Cavendish confirmou hoje que não tem concorrência no pelotão, ao superar o seu próprio registo na Volta a Itália em bicicleta, conquistando a sua quarta vitória nesta edição e a 40.ª em grandes voltas.
Nunca o britânico tinha ganho quatro etapas no Giro, no qual participa pela quinta vez, sempre com um registo máximo de três vitórias por participação – e já lá vão 14 desde 2008.
«Terminei de joelhos», reconheceu Cavendish, obrigado a partir de longe para ganhar um "sprint" longo e muito disputado pelo italiano Giacomo Nizzolo (RadioShack), segundo, e pelo esloveno Luka Mezgec (Argos-Shimano), terceiro, depois de uma jornada em que as equipas rivais tudo fizeram para deixar o ciclista da Omega-Pharma Quickstep nas pequenas subidas do dia.
Apesar do novo recorde na “corsa rosa” e do facto de já contar com 101 triunfos no currículo, o “Expresso da Ilha de Man”, que cumpriu os 254 quilómetros da etapa mais longa da prova, entre Busseto e Cherasco, em 06:09.55 horas, não pondera abandonar o Giro.
«É claro, irei até Brescia. Parti de Nápoles com essa intenção. Adoro a Volta a Itália», garantiu.
Numa etapa de transição, marcada pela desistência do vencedor do Tour2012, Bradley Wiggins (Sky), e do ainda detentor da camisola rosa de 2012, Ryder Hesjedal (Garmin), o líder Vincenzo Nibali teve um dia tranquilo.
O italiano da Astana chegou integrado no pelotão, tal como os dois portugueses da RadioShack, Nelson Oliveira e Tiago Machado, e manteve os 41 segundos de diferença para o australiano Cadel Evans (BMC) e os 02.04 minutos para o colombiano Rigoberto Urán (Sky).
«254 quilómetros algo nervosos devido ao vento, no final um constante sobe e desce para um pouco de espetáculo», descreveu Oliveira, que é 72.º da geral, na sua página do Facebook.
O seu colega de RadioShack subiu ao 30.º posto, enquanto Bruno Pires, que perdeu 24 segundos na etapa, é 66.º e Ricardo Mestre, 138.º na etapa a 16.32 minutos, é 164.º.
No sábado, a 14.ª etapa regressa à alta montanha, nos 156 quilómetros que ligam Cervere e Jafferau.