O britânico Lewis Hamilton beneficiou hoje de uma estratégia perfeita da Mercedes e da combatividade do colega de equipa Valtteri Bottas para vencer o Grande Prémio da Hungria e reforçar a liderança do Mundial de Fórmula 1.

Hamilton capitalizou o facto de Bottas ter mantido nos seus retrovisores durante metade da corrida o alemão Sebastian Vettel (Ferrari), que conseguiu terminar no segundo lugar, mesmo depois de ter o finlandês ter provocado um acidente que só teve consequências negativas para o piloto da Mercedes.

A vitória na 12.ª prova do campeonato, disputada no circuito de Hungaroring, permitiu ao britânico, campeão em 2008, 2014, 2015 e 2017, aumentar de 17 para 24 pontos a vantagem sobre Vettel no comando do Mundial de pilotos e aproximar-se da revalidação do título.

“Sair daqui com estes pontos é um verdadeiro bónus. Estou muito feliz por nos termos mostrado tão fortes nas duas últimas corridas”, comentou Hamilton, em referência ao facto de as provas na Alemanha - vencida também pelo britânico -, e na Hungria, serem mais favoráveis à Ferrari.

Hamilton, que conquistou o quinto triunfo do ano (67.º da carreira), partiu da ‘pole position’ e dominou a fase inicial da corrida, mas quando parou para substituir os pneus e Vettel permaneceu em pista, com um carro sempre muito veloz, chegou a perecer que o alemão poderia sair vitorioso.

A estratégia da Ferrari de adiar a passagem de Vettel pelas ‘boxes’ desmoronou quando o piloto germânico regressou à corrida atrás de Bottas, que, mesmo com os pneumáticos cada vez mais desgastados, conseguiu manter atrás de si os dois pilotos da Ferrari até cinco voltas do fim.

Quando, finalmente, foi ultrapassado pelo alemão, Bottas ainda embateu na traseira do Ferrari - que não ficou tão danificado quanto o Mercedes – e foi superado de imediato pelo compatriota Kimi Raikkonen, colega de Vettel na escuderia italiana, que terminou no terceiro lugar.

“Senti o embate na traseira do carro. Não tinha a certeza do que se estava a passar. Felizmente, não sofreu danos graves e pude prosseguir”, explicou Vettel, que, tal como Hamilton, também já conquistou quatro títulos mundiais de F1.

O germânico, já estava demasiado longe de Hamilton para aspirar a fazer melhor do que o segundo lugar, a 17,123 segundos do rival, e a Ferrari pareceu surpreendida por nenhum dos pilotos da Mercedes ter tido necessidade de uma segunda mudança de pneus.

Depois de ter desempenhado na perfeição a tarefa de travar Vettel – que alegou poder ser 1,5 segundos mais rápido por volta -, Bottas foi ainda ultrapassado no quarto lugar pelo Daniel Ricciardo (Red Bull), não sem antes ter provocado outro embate no monolugar do australiano.

A categoria rainha do desporto automóvel vai de ‘férias’ durante quase um mês, regressando para a realização do Grande Prémio da Bélgica, 13.ª prova do campeonato de 2018, marcado para 26 de agosto.