O alemão Sebastian Vettel precisa de apenas terminar no quarto lugar o Grande Prémio do Brasil para se sagrar tricampeão mundial de Fórmula 1, objetivo partilhado pelo espanhol Fernando Alonso, que pode conquistar o terceiro título em Interlagos.

À entrada para a derradeira corrida do Mundial, o piloto da Red Bull tem 13 pontos de avanço sobre o espanhol da Ferrari e um quarto lugar chega-lhe para se tornar no mais novo tricampeão da história.

Contudo, bastar-lhe-á recordar o seu primeiro título, para saber que o título não está garantido, pois, em 2010, era Alonso a quem bastava um quarto lugar para ser campeão, mas o espanhol foi apenas sétimo, oferecendo o título ao germânico, que venceu em Abu Dhabi.

Apesar de a reviravolta ser possível, as contas para Alonso, campeão em 2005 e 2006, então na Renault, não são fáceis, pois, mesmo que ganhe a corrida, não pode ver Vettel ser melhor do que quarto.

Caso Alonso seja segundo, ao alemão bastará ser oitavo ou nono, e mesmo que Vettel seja 10.º ou não pontue, o espanhol terá de terminar no lugar mais baixo do pódio.

Na 26.ª decisão do título na derradeira corrida, seja Vettel ou Alonso a conquistar o cetro, certo é que haverá um novo membro na restrita lista dos tricampeões, na qual estão o australiano Jack Brabham, o britânico Jackie Stewart, o austríaco Nicky Lauda e os brasileiros Nelson Piquet e Ayrton Senna.

Desde que passou para a parte final do calendário do Mundial de Fórmula 1, em 2004, Interlagos já foi palco de seis decisões de Mundiais, duas das quais para Alonso, que nunca venceu em São Paulo, embora em apenas uma delas se tenha registado uma reviravolta, em 2007, pelo finlandês Kimi Raikonnen, que ultrapassou, na derradeira corrida, o britânico Lewis Hamilton e Alonso.

O GP do Brasil marca também a segunda despedida do alemão Michael Schumacher, o mais titulado de sempre, com sete campeonatos, seis anos depois de ter deixado pela primeira vez o “grande circo”.

Detentor de inúmeros recordes, como vitórias e “pole positions”, Schumacher teve uma fraca “segunda vida” na Fórmula 1, acrescentando apenas um pódio ao seu vasto currículo.